A MIT Sloan Management Review (revista da escola de administraçãodo Massachusetts Institute of Technology), em conjunto com os consultores do Boston Consulting Group, entrevistou mais de 4 mil executivos e gerentes de dezenas de países para mapear como as empresas, os governos e as ONGs estão enfrentando os desafios da sustentabilidade. Essa é a quarta pesquisa anual nessa linha produzida pela revista, que publica separadamente as conclusões por setor da economia. Esta semana saíram as conclusões quanto ao comportamento do setor privado, baseadas num universo de 2.600 entrevistas.
O estudo “The Innovation Bottom Line” (algo como Resultado Financeiro da Inovação) indica algumas tendências bastante positivas, como o acúmulo de evidências de que os investimentos em sustentabilidade compensam financeiramente. O número de entrevistados que já testemunharam isso subiu 23% desde o ano passado, chegando a 37% do universo pesquisado. O relatório, divulgado esta semana, também apontou que metade das empresas mudou seus modelos de negócios numa reação a oportunidades socioambientais, 20% a mais do que no ano passado. Essas mudanças ocorreram, principalmente, nos produtos e serviços oferecidos, nos processos da cadeia de valor e na estrutura organizacional.
Aqui, uma coletânea das conclusões (mas vale a pena ler o documento que tem bastante conteúdo):
- 46% dos entrevistados acham difícil quantificar as vantagens intangíveis adquiridas graças à sustentabilidade; 37% dizem que ela entra em conflito com outras prioridades; 40% dizem que a preocupação com a sustentabilidade aumenta os custos operacionais, o que acaba reduzindo os lucros, e 33% apontam um aumento dos custos administrativos;
- No universo das empresas que auferiram lucros graças aos investimentos em sustentabilidade, 61% discutem o tema no alto escalão; nesse mesmo universo, 60% dos entrevistados dizem que há um business case da sustentabilidade, ou seja, é um investimento que faz sentido;
- Foi solicitado que os empresários identificassem os três principais desafios de caráter geral que suas empresas enfrentarão nos próximos dois anos. Eles indicaram a necessidade de inovar para se diferenciar dos concorrentes (48%), reduzir custos e ganhar eficiência (46%), aumentar os ingressos (45%), atrair, manter e motivar profissionais de talento (39%);
- Eles também identificaram os três principais desafios ligados à sustentabilidade: escassez de energia ou volatilidade dos seus preços (78%), resíduos e sua gestão (52%), escassez ou acesso limitado às matérias primas (51%), mudanças climáticas (37%), escassez de água (28%), segurança alimentar (14%);
- Que fatores socioambientais levaram as empresas a modificar seu modelo de negócios? Os entrevistados podiam indicar quantos fatores quisessem: a preferência de consumidores por produtos e serviços sustentáveis (52%), a escassez de recursos naturais (39%), o crescente engajamento dos seus competidores com a sustentabilidade (38%), a pressão política ou legal (37%) etc.
- Os pesquisadores também perguntaram quais temas a empresa associa à sustentabilidade. Os entrevistados podiam indicar todos os itens sugeridos: sustentabilidade econômica da organização (63%), questões ambientais (62%), questões ligadas à responsabilidade social empresarial (61%), ênfase numa perspectiva de longo prazo (53%), saúde e bem-estar dos funcionários (52%), saúde e bem-estar dos clientes (35%) e questões de segurança (35%).
[:en]
A MIT Sloan Management Review (revista da escola de administraçãodo Massachusetts Institute of Technology), em conjunto com os consultores do Boston Consulting Group, entrevistou mais de 4 mil executivos e gerentes de dezenas de países para mapear como as empresas, os governos e as ONGs estão enfrentando os desafios da sustentabilidade. Essa é a quarta pesquisa anual nessa linha produzida pela revista, que publica separadamente as conclusões por setor da economia. Esta semana saíram as conclusões quanto ao comportamento do setor privado, baseadas num universo de 2.600 entrevistas.
O estudo “The Innovation Bottom Line” (algo como Resultado Financeiro da Inovação) indica algumas tendências bastante positivas, como o acúmulo de evidências de que os investimentos em sustentabilidade compensam financeiramente. O número de entrevistados que já testemunharam isso subiu 23% desde o ano passado, chegando a 37% do universo pesquisado. O relatório, divulgado esta semana, também apontou que metade das empresas mudou seus modelos de negócios numa reação a oportunidades socioambientais, 20% a mais do que no ano passado. Essas mudanças ocorreram, principalmente, nos produtos e serviços oferecidos, nos processos da cadeia de valor e na estrutura organizacional.
Aqui, uma coletânea das conclusões (mas vale a pena ler o documento que tem bastante conteúdo):
- 46% dos entrevistados acham difícil quantificar as vantagens intangíveis adquiridas graças à sustentabilidade; 37% dizem que ela entra em conflito com outras prioridades; 40% dizem que a preocupação com a sustentabilidade aumenta os custos operacionais, o que acaba reduzindo os lucros, e 33% apontam um aumento dos custos administrativos;
- No universo das empresas que auferiram lucros graças aos investimentos em sustentabilidade, 61% discutem o tema no alto escalão; nesse mesmo universo, 60% dos entrevistados dizem que há um business case da sustentabilidade, ou seja, é um investimento que faz sentido;
- Foi solicitado que os empresários identificassem os três principais desafios de caráter geral que suas empresas enfrentarão nos próximos dois anos. Eles indicaram a necessidade de inovar para se diferenciar dos concorrentes (48%), reduzir custos e ganhar eficiência (46%), aumentar os ingressos (45%), atrair, manter e motivar profissionais de talento (39%);
- Eles também identificaram os três principais desafios ligados à sustentabilidade: escassez de energia ou volatilidade dos seus preços (78%), resíduos e sua gestão (52%), escassez ou acesso limitado às matérias primas (51%), mudanças climáticas (37%), escassez de água (28%), segurança alimentar (14%);
- Que fatores socioambientais levaram as empresas a modificar seu modelo de negócios? Os entrevistados podiam indicar quantos fatores quisessem: a preferência de consumidores por produtos e serviços sustentáveis (52%), a escassez de recursos naturais (39%), o crescente engajamento dos seus competidores com a sustentabilidade (38%), a pressão política ou legal (37%) etc.
- Os pesquisadores também perguntaram quais temas a empresa associa à sustentabilidade. Os entrevistados podiam indicar todos os itens sugeridos: sustentabilidade econômica da organização (63%), questões ambientais (62%), questões ligadas à responsabilidade social empresarial (61%), ênfase numa perspectiva de longo prazo (53%), saúde e bem-estar dos funcionários (52%), saúde e bem-estar dos clientes (35%) e questões de segurança (35%).