Apesar da tendência, apenas algumas pioneiras – um quarto das 50 empresas líderes – adotam a abordagem da sustentabilidade como criação de valor em seus relatórios. A maioria ainda baseia-se na abordagem da gestão de riscos. A lacuna é um dos motivos apontados para a falta de conexão do mercado financeiro com os relatórios de sustentabilidade. “Os investidores e analistas financeiros estão cada vez mais interessados em uma gama de motivadores de risco e de oportunidade, particularmente em áreas como as mudanças climáticas”, diz o 2006 Global Reporters. “Mas raramente eles encontram o que procuram nos relatórios de hoje.”
Além disso, há a preocupação crescente entre analistas e gestores de fundos de investimento quanto ao impacto dos relatórios trimestrais de resultados, usados para avaliar e recompensar os gestores, mas muitas vezes considerados prejudiciais aos acionistas. “Algumas companhias grandes, incluindo Intel, Motorola e Pfizer, já pararam de se concentrar em objetivos auto-impostos de curto prazo”, diz o Global Reporters. “Se aceitarmos que a criação de valor a longo prazo deve ser o foco, então uma série de fatores hoje rotulados como ‘não ou extrafinanceiros’ tornam-se relevantes.”
Novas exigências por parte dos investidores podem ajudar as companhias a caminhar mais rápido na direção da sustentabilidade como criação de valor. Cerca de 70% das 50 empresas líderes referem-se à comunicação com os investidores como seu objetivo ao relatar.