Entre as empresas apontadas pelo relatório do Citigroup como potenciais beneficiárias no contexto das mudanças climáticas estão duas brasileiras, Cosan e Brasil Ecodiesel. A mistura de biocombustíveis aos derivados de petróleo, obrigatória em diversos países, justifica a seleção das empresas nacionais, que aparecem ao lado de grandes companhias como ADM, Bunge e Cargill.
Fabricantes de equipamentos para geração de energia à base de fontes renováveis e para melhorar o rendimento dos hidrocarbonetos também devem se beneficiar. O segmento de gás natural verá um aumento da demanda em virtude do controle de emissões, ao mesmo tempo que o consumo cairá devido a invernos mais quentes no Hemisfério Norte, diz o Citigroup.
As empresas de biotecnologia que pesquisam cultivares mais resistentes à falta d’água, como a Monsanto, e companhias de saneamento como a espanhola Águas de Barcelona, podem ganhar com as secas mais freqüentes.
Nos serviços, pequenas seguradoras americanas devem tirar proveito da estratégia das grandes companhias de reduzir a exposição ao risco em áreas sujeitas a furacões e tornados. A compensação pela emissão de carbono também deve benefi ciar empresas como a Swiss Reinsurance e a Chicago Mercantile Exchange, acrescenta o relatório.
Até uma geradora de energia a carvão, a TXU dos EUA, pode se destacar, diz o Citigroup. A empresa pretende construir usinas em estados onde obtenha garantia de isenção a futuras mudanças nos padrões de emissões de carbono.