Por Flavia Pardini
O apoio do Oásis aos donos de terras em área de manancial será em espécie. O valor máximo previsto para pagamento aos proprietários é de R$ 2 mil por hectare pelo período de cinco anos — ou R$ 400 por hectare/ano.
“Alguns proprietários se interessam apenas pelo aspecto financeiro”, diz João Guimarães. Isso porque, devido à legislação que protege os mananciais, os usos econômicos da terra são restritos. Além disso, por lei, é proibido o corte da vegetação em áreas em que a Mata Atlântica se regenera para além da capoeira.
A ameaça aos serviços ambientais prestados pelas regiões conservadas não vem dos proprietários, diz Guimarães, mas da expansão da área urbanizada. “O preço da terra ali é mais barato justamente pelas restrições legais e pela falta de infra-estrutura”, afirma. Assim, a remuneração oferecida pelo Oásis pode ajudar os proprietários a manter a terra, em vez de vendê-la.
“Mas há também quem esteja preocupado com a conservação de áreas naturais de sua propriedade”, revela o analista. Os que forem selecionados pelo Oásis, se concordarem com os termos, poderão assinar contrato de 5 anos em que se comprometem a conservar, enquanto o projeto se compromete a premiá-los por isso. O prêmio vai, indiretamente, para toda a sociedade.