Por Amália Safatle
As empresas adoram falar de desenvolvimento sustentável, as agências de publicidade também. Mas do que estão falando mesmo? Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que o termo virou a bola da vez, embora o conceito esteja bem pouco claro na cabeça das pessoas. “Cada um interpreta de acordo com a sua conveniência”, afirma Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, ao comentar os resultados da pesquisa. “Ao mesmo tempo que o termo se banaliza, os gestores entendem mal o conceito e os cidadãos, menos ainda. Enquanto isso, a publicidade trata o tema como se fosse apenas uma questão social ou ambiental, com visão isolada e fragmentada.”
No estudo, foram ouvidos 500 executivos, dos quais dois terços pertencentes ao top management, e cidadãos acima de 16 anos das classes sociais A, B e C. Para a maioria dos executivos (entre 58% e 59%) sustentabilidade é praticar ações sociais e preservar o meio ambiente. Apenas 33% entendem como uma questão estratégica, com foco em resultados e sinergia com o negócio. Para a maioria dos cidadãos ouvidos na pesquisa, sustentabilidade empresarial significa “desenvolvimento de produtos”.
Segundo Young, há no Brasil uma apropriação irresponsável desse conjunto de práticas e valores estruturantes, assim como ocorre em relação a responsabilidade social e ética. Em sua opinião, o conceito mais claro e impecável de sustentabilidade foi o cunhado pela Comissão Brundtland, em 1987: “Atender às necessidades das gerações atuais sem comprometer as das gerações futuras”.
A pesquisa ainda identificou que esta não consta entre as maiores preocupações dos empresários. Entre os aspectos que podem afetar negativamente os negócios, os mais citados ficaram a cobrança de impostos, taxas e tributos, e o pagamento de encargos sociais.
Por Amália Safatle
As empresas adoram falar de desenvolvimento sustentável, as agências de publicidade também. Mas do que estão falando mesmo? Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que o termo virou a bola da vez, embora o conceito esteja bem pouco claro na cabeça das pessoas. “Cada um interpreta de acordo com a sua conveniência”, afirma Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, ao comentar os resultados da pesquisa. “Ao mesmo tempo que o termo se banaliza, os gestores entendem mal o conceito e os cidadãos, menos ainda. Enquanto isso, a publicidade trata o tema como se fosse apenas uma questão social ou ambiental, com visão isolada e fragmentada.”
No estudo, foram ouvidos 500 executivos, dos quais dois terços pertencentes ao top management, e cidadãos acima de 16 anos das classes sociais A, B e C. Para a maioria dos executivos (entre 58% e 59%) sustentabilidade é praticar ações sociais e preservar o meio ambiente. Apenas 33% entendem como uma questão estratégica, com foco em resultados e sinergia com o negócio. Para a maioria dos cidadãos ouvidos na pesquisa, sustentabilidade empresarial significa “desenvolvimento de produtos”.
Segundo Young, há no Brasil uma apropriação irresponsável desse conjunto de práticas e valores estruturantes, assim como ocorre em relação a responsabilidade social e ética. Em sua opinião, o conceito mais claro e impecável de sustentabilidade foi o cunhado pela Comissão Brundtland, em 1987: “Atender às necessidades das gerações atuais sem comprometer as das gerações futuras”.
A pesquisa ainda identificou que esta não consta entre as maiores preocupações dos empresários. Entre os aspectos que podem afetar negativamente os negócios, os mais citados ficaram a cobrança de impostos, taxas e tributos, e o pagamento de encargos sociais.