O grande capital está a caminho da Amazônia. O potencial econômico da região sempre foiconhecido, pois não é de hoje que alicorrem rios, viceja a mata e repousam os minérios. Quando o mundo exibe os sintomas de uma grave recessão econômica e a natureza dá sinais de esgotamento em vários pontos do globo, o Brasil parece finalmente disposto a intensificar a exploração amazônica. Foram reabertas as discussões no Congresso Nacional sobre exploração mineral em terras indígenas; grandes empresas desembarcam na região para construir hidrelétricas, rodovias, portos; e o País experimenta a concessão de florestas públicas para o setor privado.
Diante do consenso global de que a Amazônia é importante demais em termos ambientais, esses novos atores juram seguir a cartilha da sustentabilidade. As marcas que deixarão lá talvez só apareçam ao longo do tempo. Um indicador mais imediato da qualidade das práticas levadas à floresta são as pessoas. Às vezes descrita como “paupérrima” sob a ótica urbana e sulista, a maioria dos habitantes da Amazônia rural leva, na verdade, uma vida simples – que certamente sofrerá uma revolução com a chegada dos grandes empreendimentos.
Assim como os rios, a floresta e os minérios, eles sempre estiveram ali, mas só agora são vistos como merecedores de “desenvolvimento”.
Vale ponderar sobre o que significa desenvolvimento também do ponto de vista dessas pessoas. Como mostra a experiência da Austrália, a compensação fi nanceira não basta para dar conta de um passado de negligência. Mas vivemos agora a oportunidade de criar formas de governança em que agentes privados sentam-se à mesa com as comunidades locais e representantes do terceiro setor. Pipocam no Brasil e no mundo iniciativas que promovem o diálogo e a negociação entre interesses divergentes. Ainda são pequenas diante do mainstream, mas trazem grande significado: ouvir e apreender os modos locais, em vez de impor um fazer estrangeiro. E assim forjar uma nova noção de desenvolvimento.
Boa leitura
O grande capital está a caminho da Amazônia. O potencial econômico da região sempre foiconhecido, pois não é de hoje que alicorrem rios, viceja a mata e repousam os minérios. Quando o mundo exibe os sintomas de uma grave recessão econômica e a natureza dá sinais de esgotamento em vários pontos do globo, o Brasil parece finalmente disposto a intensificar a exploração amazônica. Foram reabertas as discussões no Congresso Nacional sobre exploração mineral em terras indígenas; grandes empresas desembarcam na região para construir hidrelétricas, rodovias, portos; e o País experimenta a concessão de florestas públicas para o setor privado.
Diante do consenso global de que a Amazônia é importante demais em termos ambientais, esses novos atores juram seguir a cartilha da sustentabilidade. As marcas que deixarão lá talvez só apareçam ao longo do tempo. Um indicador mais imediato da qualidade das práticas levadas à floresta são as pessoas. Às vezes descrita como “paupérrima” sob a ótica urbana e sulista, a maioria dos habitantes da Amazônia rural leva, na verdade, uma vida simples – que certamente sofrerá uma revolução com a chegada dos grandes empreendimentos.
Assim como os rios, a floresta e os minérios, eles sempre estiveram ali, mas só agora são vistos como merecedores de “desenvolvimento”.
Vale ponderar sobre o que significa desenvolvimento também do ponto de vista dessas pessoas. Como mostra a experiência da Austrália, a compensação fi nanceira não basta para dar conta de um passado de negligência. Mas vivemos agora a oportunidade de criar formas de governança em que agentes privados sentam-se à mesa com as comunidades locais e representantes do terceiro setor. Pipocam no Brasil e no mundo iniciativas que promovem o diálogo e a negociação entre interesses divergentes. Ainda são pequenas diante do mainstream, mas trazem grande significado: ouvir e apreender os modos locais, em vez de impor um fazer estrangeiro. E assim forjar uma nova noção de desenvolvimento.
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