Por Ana Cristina D’Angelo
Depois do derradeiro bloco de Carnaval na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, Máicon revezava com outra centena de garis a limpeza das areias dos postos 9 e 10. “O lixo mais chato é o coco, porque tem muito e precisa ser pego com a mão”. Eles arremessam um por um, até juntar vários no meio da areia, que, a esta altura, 8 da noite, já está esvaziada de gente e cheia de lixo. Mais tarde, chega um pequeno caminhão e recolhe os montes de coco para a caçamba, trabalho feito também manualmente. Máicon trabalha das 17h às 23h na Comlurb, empresa responsável pela limpeza da cidade. Só neste Carnaval foram 598,62 toneladas de resíduos gerados durante os desfiles de escolas de samba e blocos.
Como Máicon, foram mobilizados outros 2.224 garis em regime de plantão. Além do rastro sólido, os foliões deixaram urina pelas esquinas onde passaram. Para acabar com o forte cheiro, a Comlurb utilizou uma solução de detergente com desinfetante. “Aí é mais fácil, porque a gente não encosta a mão”, diz Máicon.
Apesar dos mais de 300 contêineres que as praias da Zona Sul ganharam durante o Carnaval, o folião só ajuda a sujar, segundo o gari. O salário é ruim, mas a vantagem é que dá para ouvir samba durante o trabalho. De curiosidade, o dia campeão no lixo foi a segunda-feira no Sambódromo, quando se recolheram 91,21 toneladas de resíduos. Do total gerado durante o Carnaval, para as cooperativas de reciclagem seguiram apenas 7,5 toneladas.
Por Ana Cristina D’Angelo
Depois do derradeiro bloco de Carnaval na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, Máicon revezava com outra centena de garis a limpeza das areias dos postos 9 e 10. “O lixo mais chato é o coco, porque tem muito e precisa ser pego com a mão”. Eles arremessam um por um, até juntar vários no meio da areia, que, a esta altura, 8 da noite, já está esvaziada de gente e cheia de lixo. Mais tarde, chega um pequeno caminhão e recolhe os montes de coco para a caçamba, trabalho feito também manualmente. Máicon trabalha das 17h às 23h na Comlurb, empresa responsável pela limpeza da cidade. Só neste Carnaval foram 598,62 toneladas de resíduos gerados durante os desfiles de escolas de samba e blocos.
Como Máicon, foram mobilizados outros 2.224 garis em regime de plantão. Além do rastro sólido, os foliões deixaram urina pelas esquinas onde passaram. Para acabar com o forte cheiro, a Comlurb utilizou uma solução de detergente com desinfetante. “Aí é mais fácil, porque a gente não encosta a mão”, diz Máicon.
Apesar dos mais de 300 contêineres que as praias da Zona Sul ganharam durante o Carnaval, o folião só ajuda a sujar, segundo o gari. O salário é ruim, mas a vantagem é que dá para ouvir samba durante o trabalho. De curiosidade, o dia campeão no lixo foi a segunda-feira no Sambódromo, quando se recolheram 91,21 toneladas de resíduos. Do total gerado durante o Carnaval, para as cooperativas de reciclagem seguiram apenas 7,5 toneladas.
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