Tal qual uma junta médica, formada por diversos experts reunidos em torno de um paciente, nasce uma empresa de consultoria para a sustentabilidade composta de sócios dos mais variados ramos – de cientista político a administrador de empresas; de antropólogo a especialista em finanças corporativas.
“A diferença é que atuamos também na prevenção”, brinca Patricia Volpi, um dos 32 sócios que compõem a Gestão Origami. Ao adotar esse formato inovador, o objetivo da consultoria, mais do que atuar de forma transversal nas diversas áreas do cliente, é compartilhar o conhecimento. “Quanto mais dividimos entre nós o que sabemos, mais aprendemos uns com os outros”, diz Renato de Paiva Guimarães, outro sócio.
A Origami pretende reunir o que cada um tem de melhor para contribuir em forma de conhecimento, seja nas áreas de comunicação, auditoria, seja nas de engenharia ambiental, gestão, e assim por diante. Reúne consultores como Aerton Paiva, da Apel, Marcos Egydio (ex-Natura, hoje Apel) e Flavia Moraes. Segundo Renato e Patrícia, isso ajuda o cliente a entender como a sustentabilidade é um processo complexo dentro da empresa, mas que deve ser posto em prática de forma simples.
Os “origamers”, como se autointitulam, vão trabalhar em rede, tanto virtualmente como reunidos em um lugar físico. O Espaço Origami, em endereço a ser definido, é um local que poderá ser usado como escritório, para fazer reuniões, trocar ideias e cultivar a criatividade.
Os médicos costumam dizer que cada caso é um caso. Da mesma forma, cada cliente vai exigir uma formação específica dos consultores. Assim, a liderança nas consultorias será móvel, e os grupos de origamers serão formados e desfeitos de acordo com a demanda apresentada pelo cliente. Não foi à toa a escolha do nome. Trata-se de uma folha só, mas que pode assumir diversas formas. E de uma folha em branco pode sair uma elaborada solução. Um jeito original de dizer que a sustentabilidade, embora assunto sério, também pede criatividade e um tom mais lúdico. – por Amália Safatle