Em setembro deste ano o Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou um ranking dos carros mais poluentes vendidos no Brasil que causou grande polêmica quanto aos seus métodos de avaliação, inclusive entre leitores de nosso blog. Desta vez, o MMA reformulou sua metodologia de análise e chegou a uma nova lista com a chamada Nota Verde.
Agora, ao invés de uma nota numérica, os carros recebem até cinco estrelas — quanto mais estrelas tiver, maior é a sua eficiência e menor é o índice de emissão de gases causadores do efeito estufa.
A lista conta com cerca de 400 modelos fabricados em 2009, sendo que deles, 22 modelos com motores flex (que rodam tanto com gasolina quanto com álcool) ganharam a pontuação máxima. são seis modelos da Fiat (Idea, Palio, Siena e três diferentes versões do Estilo), um da Ford (Ka), sete da GM (Prisma e seis versões diferentes do Celta), três da Citroen (todos da versão C3) e cinco da Volkswagem (duas versões do Fox e três versões do Space Fox). Dentre esses com a mesma pontuação, não há um ranking entre melhores e piores. Veja a lista completa
A nova metologia tem a intenção de simplificar o entendimento por parte do público e, segundo o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, orientar o consumidor. O grupo de trabalho que chegou até ela incluiu representantes do Ibama, da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) e da Petrobras.
Duas das três estrelas que cada veículo pode potencialmente conquistar são relativas à emissão de CO2. “Os carros que utilizam álcool já ganham automaticamente uma estrela, porque o CO2 liberado é absorvido no processo de cultivo da cana”, explica Minc. As outras 3 estrelas são relativas à emissão de outros poluentes (entre eles o monóxido de carbono).
Em comunicado à imprensa, a UNICA alega que o novo sistema de avaliação emitido pelo MMA, apesar de melhor do que aquele publicado em setembro, não estabelece um parâmetro correto entre as emissões de CO2 e dos outros gases. Este fato, segundo a entidade, prejudicaria o desempenho de veículos movidos a etanol.