Três mulheres influentes na política internacional pedem justiça climática e financiamento de US$ 150 milhões aos países pobres ‘
José Alberto Gonçalves, de Copenhague
O terceiro dia da COP-15, realizada em Copenhague desde a última segunda-feira, 7 de dezembro, terminou sem novidades em relação às metas de corte nas emissões de gases-estufa dos países desenvolvidos até 2020. Não há até o momento sinais de que as propostas anunciadas até o momento serão alteradas substancialmente. Apenas Japão (redução de 25%), Reino Unido (34%) e Noruega (40%) anunciaram metas que se situam no intervalo recomendado pelo IPCC, 25% a 40% de diminuição nas emissões ante os níveis de 1990.
Diante de barreira que parece intransponível no tema das metas, cresce a pressão de organizações não-governamentais e personalidades influentes nas negociações climáticas para que os países ricos coloquem na mesa suas ofertas de financiamento para ações de mitigação dos gases-estufa (redução nas emissões) e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.
Nesta quarta-feira, dia 8, três pesos-pesados da política internacional juntaram forças no Bella Center, em Copenhague, para exortar os países ricos a assumir suas responsabilidades na ajuda financeira.
Gro Harlen Brundtland, enviada especial da ONU para mudanças climáticas e presidente da comissão que produziu o célebre relatório “Nosso futuro comum”, publicado em 1987, Mary Robinson, vice-presidente do Clube de Madri, ex-presidente da Irlanda e presidente honorária da Oxfam, e Margot Walltröm, primeira vice-presidente da Comissão Europeia, criticaram o impasse nas negociações do futuro acordo climático, sobretudo no que se refere à falta de propostas efetivas para assegurar recursos financeiros para ações climáticas nos países em desenvolvimento.
Tal ajuda, segundo elas, deveria aumentar progressivamente até alcançar ao menos 100 bilhões de euros em 2020 (em torno de US$ 150 bilhões), incluindo financiamento emergencial para o período de 2010 a 2012. Robinson defende que a ajuda emergencial deve ser no mínimo de 10 bilhões de euros ao ano.
A ex-mandatária irlandesa disse à Página 22 que os países integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) também deveriam participar do programa de assistência financeira pública internacional a partir de 2013. “As economias avançadas do mundo em desenvolvimento precisam assumir compromissos obrigatórias no financiamento de ações climáticas nos países mais pobres”, completou Robinson, engrossando o coro dos que defendem a inclusão das economias emergentes no grupo de países com obrigações financeiras no futuro acordo climático.
As três foram anfitriãs do encontro “Road to Copenhagen Conference”, realizado em Malmö, na Suécia, nos dias 8 e 9 de dezembro. O evento reuniu mais de 150 participantes, representando a sociedade civil, a comunidade de negócios e legisladores, com o intuito de discutir o acordo de Copenhague sob o prisma da justiça climática.
Segundo os organizadores do evento, o conceito de justiça climática abrange a relação entre mudanças climáticas e direitos humanos, difusão tecnológica e mecanismos financeiros que assegurem justa divisão do custo financeiro da ajuda aos países em desenvolvimento.
O comunicado final do evento diz que a ajuda dos países ricos “deveria permitir às economias em desenvolvimento enfrentar os desafios trazidos à tona pela corrente recessão, especialmente a queda nos fundos para investimentos em iniciativas de baixo carbono”.
Embora separadas pelo mar e localizadas em dois países, Malmö e Copenhague passaram a constituir uma única metrópole, principalmente depois que uma ponte foi inaugurada em 2000 ligando as duas cidades. Boa parte dos participantes da COP-15 encontra-se hospedada na cidade sueca.
Três mulheres influentes na política internacional pedem justiça climática e financiamento de US$ 150 milhões aos países pobres
O terceiro dia da COP-15, realizada em Copenhague desde a última segunda-feira, 7 de dezembro, terminou sem novidades em relação às metas de corte nas emissões de gases-estufa dos países desenvolvidos até 2020. Não há até o momento sinais de que as propostas anunciadas até o momento serão alteradas substancialmente. Apenas Japão (redução de 25%), Reino Unido (34%) e Noruega (40%) anunciaram metas que se situam no intervalo recomendado pelo IPCC, 25% a 40% de diminuição nas emissões ante os níveis de 1990.
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Diante de barreira que parece intransponível no tema das metas, cresce a pressão de organizações não-governamentais e personalidades influentes nas negociações climáticas para que os países ricos coloquem na mesa suas ofertas de financiamento para ações de mitigação dos gases-estufa (redução nas emissões) e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.
Nesta quarta-feira, dia 8, três pesos-pesados da política internacional juntaram forças no Bella Center, em Copenhague, para exortar os países ricos a assumir suas responsabilidades na ajuda financeira.
Gro Harlen Brundtland, enviada especial da ONU para mudanças climáticas e presidente da comissão que produziu o célebre relatório “Nosso futuro comum”, publicado em 1987; Mary Robinson, vice-presidente do Clube de Madri, ex-presidente da Irlanda e presidente honorária da Oxfam; e Margot Walltröm, primeira vice-presidente da Comissão Europeia, criticaram o impasse nas negociações do futuro acordo climático, sobretudo no que se refere à falta de propostas efetivas para assegurar recursos financeiros para ações climáticas nos países em desenvolvimento.
Tal ajuda, segundo elas, deveria aumentar progressivamente até alcançar ao menos 100 bilhões de euros em 2020 (em torno de US$ 150 bilhões), incluindo financiamento emergencial para o período de 2010 a 2012. Robinson defende que a ajuda emergencial deve ser no mínimo de 10 bilhões de euros ao ano.
A ex-mandatária irlandesa disse à Página 22 que os países integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) também deveriam participar do programa de assistência financeira pública internacional a partir de 2013. “As economias avançadas do mundo em desenvolvimento precisam assumir compromissos obrigatórias no financiamento de ações climáticas nos países mais pobres”, completou Robinson, engrossando o coro dos que defendem a inclusão das economias emergentes no grupo de países com obrigações financeiras no futuro acordo climático.
As três foram anfitriãs do encontro “Road to Copenhagen Conference”, realizado em Malmö, na Suécia, nos dias 8 e 9 de dezembro. O evento reuniu mais de 150 participantes, representando a sociedade civil, a comunidade de negócios e legisladores, com o intuito de discutir o acordo de Copenhague sob o prisma da justiça climática.
Segundo os organizadores do evento, o conceito de justiça climática abrange a relação entre mudanças climáticas e direitos humanos, difusão tecnológica e mecanismos financeiros que assegurem justa divisão do custo financeiro da ajuda aos países em desenvolvimento.
O comunicado final do evento diz que a ajuda dos países ricos “deveria permitir às economias em desenvolvimento enfrentar os desafios trazidos à tona pela corrente recessão, especialmente a queda nos fundos para investimentos em iniciativas de baixo carbono”.
Embora separadas pelo mar e localizadas em dois países, Malmö e Copenhague passaram a constituir uma única metrópole, principalmente depois que uma ponte foi inaugurada em 2000 ligando as duas cidades. Boa parte dos participantes da COP-15 encontra-se hospedada na cidade sueca.
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