Sol no deserto é o que não falta. A partir dessa concepção, europeus pretendem gerar energia a partir da luz solar e transmiti-la então para o velho continente. A ideia já está em andamento e deve custar cerca de 400 bilhões de dólares.
Encabeçado por consórcio composto por 12 empresas e liderado pelos alemães, o projeto chamado de Desertec Industrial Initiative (DDI) tem como objetivo suprir a necessidade energética da Europa em até 15% até 2050, mas já em 2015 o continente estará recebendo energia, como informa o portal Environment News Network.
A tecnologia (conhecida como energia solar concentrada) consiste em enormes estruturas de espelhos, que aquecem um líquido usado para alimentar turbinas geradoras de energia. Grandes linhas de transmissão cruzarão o deserto do Saara e o Mar Mediterrâneo. A principal diferença dessa técnica ante painéis solares fotovoltáicos é que, se for armazenado líquido suficiente ao longo do dia, os geradores podem funcionar durante a noite.
A técnica já é usada há mais de duas décadas em desertos nos estados norte-americanos de Nevada e California, e em algumas regiões da Espanha e no norte da África (leia matéria do jornal The Guardian). De acordo com o consórcio, as perdas de energia seriam do entorno de 15%.
Um dos objetivos do mega projeto é diminuir as emissões de carbono no continente europeu, investindo em uma energia limpa.
Cerca de 1 bilhão de euros seriam desenbolsados pela União Europeia para o desenvolvimento do projeto, sendo que outros 4 bilhões de euros já estavam sendo buscados em julho, segundo informação do periódico alemão Welt.
Recentemente o Greenpeace divulgou um relatório em que diz que a concepção usada pelo DDI é aplicável em outras regiões do mundo, e que pode render 2 trilhões de euros em valor de energia produzida até o meio do século.