 Chefe da Convenção do Clima da ONU, o holandes Yvo de Boer anunciou ontem que deixará o cargo no dia primeiro de julho, sem conseguir firmar um acordo nas negociações para combater o aquecimento global.  Após a frustração que foi a reunião de Copenhague, quando muitos esperavam que ali fossem tiradas metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa, já era esperada essa atitude por parte dele.
Chefe da Convenção do Clima da ONU, o holandes Yvo de Boer anunciou ontem que deixará o cargo no dia primeiro de julho, sem conseguir firmar um acordo nas negociações para combater o aquecimento global.  Após a frustração que foi a reunião de Copenhague, quando muitos esperavam que ali fossem tiradas metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa, já era esperada essa atitude por parte dele.
A saída de de Boer fortalece ainda mais a opinião dos céticos que não acreditam na possibilidade de um acordo ser firmado a tempo para substituir o Protocolo de Kyoto, que se encerra no final de 2012.
Com isso, crescem as incertezas sobre a eficácia da nova reunião, a COP-16, que tentará dar conta desse assunto, em dezembro próximo, no México. Difícil saber, mas pelas dificuldades de se chegar a um consenso nessa questão, é complicado pensar que teremos nesse ano um acordo multilateral.
E, se confirmado mais esse insucesso, é de se questionar o papel e a influência exercidos pela Convenção do Clima. Até que ponto ela influi na tomada de decisão dos países? Quão abrangente é sua influência? Ela irá se tornar um órgão consultivo?
Foi de Boer quem deu à convenção o status que ela possui hoje, mas isso não se refletiu em poderio político. Ainda não se sabe quem assumirá o posto vago desde ontem, mas é possível dizer que sua tarefa será dificílima.
