Arthur Lewis – neozelandês de pai, paraibano de mãe – levou um tempo brigando com a latinha porque sabia que ela podia virar algum novo objeto bonito e que desse prazer de usar. Quando trabalhava na Hstern, Lewis acreditava que joia era só aquilo, pedras preciosas e tradição no design. Abriu a cabeça em relação a novos materiais e conceitos: o reaproveitamento, a criatividade e o desafio da transformação.
Ele hoje recorta o fundo das latinhas, lixa, vai polindo e constrói colares, pulseiras, um lindo anel. Na manufatura também entram filtro de café usado, pedaços de plástico, sucatas que viram uma peça única. A nova joia pode ser vista e comprada na feira de artesanato do Shopping Center 3, aos domingos, e na feira da Praça Benedito Calixto, aos sábados, em São Paulo. Alguns catadores trabalham para Arthur vendendo-lhe o fundo da lata já cortado por R$ 0,10, valor acima do que pagam as cooperativas pelo alumínio amassado. Em breve, a ambição de Arthur é aproveitar a lata inteira e expandir seus saberes Brasil afora.