Os ativistas do Greenpeace, Junichi Sato e Toru Susuki, ficaram conhecidos como “Tokyo Two” em 2008, quando foram presos por quase um mês após terem revelado um esquema de venda ilegal de carne de baleia com a conivência do governo japonês.
A conclusão do julgamento está prevista para junho deste ano. O Greenpeace já coletou mais de 500 mil assinaturas em uma manifesto de apoio aos ativistas e repúdio à caça ilegal de baleia no Japão, mas espera chegar a um milhão. Para assinar o manifesto, clique aqui.
Entenda o caso
A caça comercial de baleia foi oficialmente banida desde 1986, mas navios baleeiros continuam operando sob o pretexto de pesquisa científica e com subsídios do governo japonês que passam de 1 bilhão de yens por ano.
Para provar que essa atividade tem fins comerciais e não científicos, Junishi e Toru interceptaram uma das caixas distribuídas entre a população de uma navio baleeiro em 2008. Em lugar de conter papelão, como descrito no prontuário, a caixa escondia 23,5 quilos de carne de baleia que vale entre US$ 1 mil e US$ 3 mil no mercado negro.
O Greenpeace convocou então uma coletiva de imprensa e entegrou um dossiê ao Ministério Público de Tóquio. Poucos dias depois, os” Tokyo Two” foram presos durante 26 dias e indiciados por roubo e trespass (violação de direito de propriedade). O Ministério Público japonês não deu continuidade à investigação sobre a indústria baleeira e os ativistas podem ser condenados a até 10 anos de prisão. Para saber mais, leia o dossiê do Greenpeace (em inglês)