Desde a última semana, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) tem respondido aos e-mails encaminhados pelo Greenpeace por conta de uma petição online organizada para embargar o projeto de reforma do Código Florestal Brasileiro.
Em mensagem de quase duas páginas, Rebelo, relator do projeto de mudança, delineia as principais razões pelas quais foram propostas as modificações na legislação. Segundo o comunicado, a comissão não pretende “alterar” o Código Florestal, mas apenas “corrigir” alterações que o tornaram inaplicável em alguns dispositivos.
“O Brasil possui mais de 5 milhões de proprietários agrícolas, em imensa maioria de pequenos e médios produtores, 90% deles na ilegalidade por não conseguirem cumprir a lei em vigor. Hoje, até a prática indígena de fermentar a raiz da mandioca em um igarapé ou o prosaico costume de retirar uma minhoca na beira do rio para uma pescaria tornou-se atividade ilegal”, afirma o deputado, que deve entregar o relatório final à comissão até o dia 1 de junho.
O Greenpeace reagiu ao comunicado e continua com a petição no ar. Segundo a ONG, Rebelo pretende banalizar o discurso sobre o Código Florestal, procurando convencer a opinião pública da inviabilidade da legislação. “Detrás da alteração do Código Florestal, orquestrada pelo deputado e seus colegas ruralistas na comissão, está a anistia aos desmatadores, a redução das áreas de preservação permanente e a alteração da reserva legal”, complementa.
Para conhecer e assinar a petição, clique aqui.