“Repórter bom é repórter vivo” reza o bordão das redações em todo o mundo. No entanto, quanto mais se cava, mais a profissão se torna perigosa. E para alguns jornalistas que cobrem meio ambiente no mundo, o trabalho se tornou quase tão arriscado quanto para aqueles que cobrem guerras, processos eleitorais instáveis e corrupção.
A organização Repórteres Sem Fronteiras acaba de lançar um relatório em que identifica um “um aumento considerável” das ameaças aos profissionais que investigam conflitos ambientais no mundo. Enquanto a cobertura se concentra nas mudanças do clima, tudo vai bem. O assunto dominou as páginas do mundo todo. Mas quando se trata de denunciar as causas do fenômeno, precisamente a poluição e o desmatamento, a coisa muda de figura.
O documento menciona o brasileiro Lucio Flavio Pinto, um velho lobo na Amazônia há mais de trinta anos, tão independente que criou seu próprio veículo investigativo, o Jornal Pessoal. O jornalista já foi alvo de tantos processos judiciais que sequer conseguia sair de Belém, onde vive, tamanha a agenda de audiências judiciais a que tinha de comparecer.
Em outros países, como China e Uzbequistão, os riscos são ainda maiores. A organização relata diversos casos de jornalistas que foram presos, sofreram atentados, outros foram mortos.
Leia o relatorio na íntegra (em inglês)