Pecuaristas dos Estados Unidos têm apostado em um segmento que até pouco tempo não passava do exótico. As minivacas, que em média não atingem 1 metro de altura, oferecem uma alternativa aos que desejam obter mais carne com espaços reduzidos de pastagem.
Segundo o professor Richard Gradwohl, que cria 18 espécies diferentes desses animais, é possível sustentar dez minivacas em 5 acres (cerca de 2 hectares), porção que comportaria apenas dois animais do tamanho tradicional. Na prática, isso significaria uma produção de carne três vezes maior, com apenas um terço do volume de alimentação.
Além disso, a carne das minivacas seria mais macia do que a dos tipos maiores, pois elas desenvolvem menos músculos durante seu processo de crescimento. Os Estados Unidos são um dos maiores consumidores de carne do mundo: mais de 30 quilos por pessoa ao ano.
Gradwohl ainda afirma que, além do maior aproveitamento do espaço, as minivacas ainda ofereceriam outra vantagem relacionada às preocupações ambientais. Segundo o professor, dez desses animais emitem a mesma quantidade de metano – um dos gases de efeito estufa – do que apenas uma vaca tradicional.
A prática tem despertado as atenções dos pecuaristas principalmente depois de sucessivos aumentos de impostos nos últimos anos, o que tem onerado bastante a produção. Mas a atividade ainda está no início. Hoje os Estados Unidos contam com cerca de 20.000 cabeças dessa espécie, fatia ainda pequena quando comparada, por exemplo, ao número total do rebanho brasileiro, com mais de 200 milhões de animais.
Com informações do The Guardian.