Professores de várias universidades, jornalistas e ONGs estão colhendo assinaturas para um manifesto contra a forma pela qual a questão do aborto tem sido tratada no País nas últimas semanas.
A polêmica veio à tona depois que a candidata Dilma Rousseff foi acusada de ser a favor da descriminalização do procedimento. A informação despertou severas críticas e mobilizou a CNBB e entidades evangélicas num movimento contra a posição de Dilma.
“Não é hora de retrocessos. Não podemos caminhar na contramão da maior parte dos países democráticos, que vêm considerando este um sério problema de saúde pública e garantindo legislações que preservem a dignidade das mulheres que se veem diante de tais circunstâncias”, afirma o manifesto.
O aborto é permitido no Brasil em situações de estupro e risco de morte da gestante. Em qualquer outro caso, é considerado crime, o que acaba levando muitas gestantes a procurarem os métodos ilegais.
Dados do Sistema Único de Saúde apontam que abortos clandestinos são a terceira causa de morte entre mulheres pobres de 16 a 18 anos. A cada hora, 10 gestantes procuram o atendimento de urgência dos hospitais após procedimentos malsucedidos.