Quem nunca disse ou ouviu a frase acima, no mínimo, não pertence à geração da TV. No mundo da propaganda, a babá eletrônica é grande aliada das marcas que buscam despertar nas crianças o desejo pelo fantástico. Desenvolvem comportamentos e as mais descabidas – e, muitas vezes, perigosas – necessidades.
Pensando nisso, 150 instituições estão liderando o Manifesto pelo Fim da Publicidade e da Comunicação Mercadológica dirigida ao Público Infantil. Segundo o movimento, as crianças não contam com discernimento ou interpretação crítica suficiente para decidir sobre o que é apresentado nesses anúncios, que deveriam ser direcionados aos pais ou reponsáveis por elas.
O manifesto pede pelo fim da propaganda voltada aos menores de 12 anos de idade. Vários países já apresentam regulamentações nesse sentido. Na Alemanha, por exemplo, programas infantis não podem ser interrompidos por publicidade. Produtos com alto teor de sal, gordura e açúcar não podem fazer parte da programação da TV britânica direcionada ao público com menos de 16 anos.
Dados da Anvisa mostraram que 80% da publicidade de alimentos dirigida às crianças é marcada por produtos com alto valor calórico e pobres em nutrientes. O efeito disso pode ser multiplicado pelas estatísticas do IBGE, que apontam a criança brasileira como a que mais assiste à TV no mundo: cerca de cinco horas por dia.
Entre as entidades parceiras no movimento estão UFRN, UNE e ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). Assista ao lado, vídeo preparado pelas entidades.