Real imaginário
Originalmente moradores da floresta, os gondes são um grupo étnico da Índia Central que faz da arte uma forma de ligação espiritual com o Cosmos, mas também uma leitura muito prática da vida cotidiana. Natural que as árvores recheassem o imaginário e as interpretações da realidade desse povo, formado hoje por mais de 4 milhões de pessoas. Tradicionalmente, essas obras cobriam os pisos de barro e as paredes das casas. Os artistas atuais usam tela e papel.
Publicado há pouco tempo no Brasil pela editora WMF Martins Fontes, o livro A Vida Secreta das Árvores contém reproduções em silk screen da obra de três dos principais representantes vivos da arte gonde – Bhajju Shyam, Durga Bai e Ram Singh Urveti.
Este último é o autor da gravura que acompanha a história “O sonho do esquilo”: Um esquilo estava em uma árvore, sonhando. Como seria bom transformar-se em algo que não fosse um esquilo! Em árvore? Mas aí os passarinhos pousariam nele… Em inseto, talvez? Não, os sapos o comeriam… Então em peixe! Para ser engolido por serpentes aquáticas? Não, pensou o esquilo. É melhor continuar sendo um esquilo numa árvore.[:en]Real imaginário
Originalmente moradores da floresta, os gondes são um grupo étnico da Índia Central que faz da arte uma forma de ligação espiritual com o Cosmos, mas também uma leitura muito prática da vida cotidiana. Natural que as árvores recheassem o imaginário e as interpretações da realidade desse povo, formado hoje por mais de 4 milhões de pessoas. Tradicionalmente, essas obras cobriam os pisos de barro e as paredes das casas. Os artistas atuais usam tela e papel.
Publicado há pouco tempo no Brasil pela editora WMF Martins Fontes, o livro A Vida Secreta das Árvores contém reproduções em silk screen da obra de três dos principais representantes vivos da arte gonde – Bhajju Shyam, Durga Bai e Ram Singh Urveti.
Este último é o autor da gravura que acompanha a história “O sonho do esquilo”: Um esquilo estava em uma árvore, sonhando. Como seria bom transformar-se em algo que não fosse um esquilo! Em árvore? Mas aí os passarinhos pousariam nele… Em inseto, talvez? Não, os sapos o comeriam… Então em peixe! Para ser engolido por serpentes aquáticas? Não, pensou o esquilo. É melhor continuar sendo um esquilo numa árvore.