Você tem uma boa ideia, mas precisa daquele empurrãozinho para torná-la realidade? Pois é com esse propósito que o movere.me, plataforma de crowdfunding, acaba de ser criada. Trata-se de um espaço virtual onde são reunidos vários projetos que podem ser incentivados por qualquer um que queira comprar a ideia.
Podem se candidatar aqueles que querem gravar um CD, produzir um espetáculo de teatro, desenvolver um projeto social e por aí vai. Veja alguns casos.
O diferencial do Movere.me, segundo o sócio e diretor de marketing Thiago Fontes, é ir além da plataforma online. Cada projeto passa por uma curadoria que analisa sua viabilidade e o melhor formato. Para isso, os três sócios botam a mão na massa e contam com um conselho de especialistas nas mais diferentes áreas que são acionados conforme o perfil da ideia.
Depois de redigir o projeto, o autor determina o piso necessário para concretizá-lo. Não há teto, e a campanha de arrecadação fica no ar entre 30 e 60 dias A partir daí, a plataforma, por meio de seus contatos pessoais e das redes sociais, busca incentivadores.
Cada um dos mecenas participa com a quantia que desejar, recebendo recompensas de acordo com a contribuição despendida. CDs, DVDs, fotografias, jantares ou até mesmo um bate-papo com o próprio autor são algumas das modalidades de recompensa.
A movere.me é inspirada no queremos.com.br, uma iniciativa de um grupo de amigos cariocas insatisfeitos com a posição do Rio de Janeiro na agenda de shows internacionais. Grandes bandas deixavam de passar pela cidade devido ao desinteresse das produtoras, que alegavam não contar com público suficiente.
Diante disso, a turma se juntou e organizou uma plataforma para arrecadar fundos e trazer as atrações para o Rio. O sucesso foi imediato: já foram organizados cinco shows, com bandas como Vampire Weekend e Belle and Sebastian.
No sistema da movere.me, o autor do projeto só recebe o dinheiro arrecadado se o valor total atingir a meta prevista (piso). Caso contrário, tudo é restituído aos incentivadores. Segundo a equipe, a estrutura funciona na base do “ou todos ganham ou ninguém ganha”.
“O que nos move é acreditar que existem outras pessoas como a gente, que só estão esperando uma chancezinha para fazer acontecer. É enxergar que o público de hoje é o autor de amanhã e vice-versa”, diz Thiago.