Este é o mapa de Budapeste. Ou um submapa, como preferem chamar os designers do coletivo húngaro Kitchen Budapest. A turma desenvolveu uma ferramenta digital que permite reinterpretar a cartografia a partir de parâmetros inusitados, como valores e hábitos pessoais. Nesta imagem, o centro da cidade transformada em globo é o diâmetro que compreende a casa dos autores.
Em teoria, mapas são constituídos de informações oficiais, públicas e objetivas. Mas até Gerardus Mercator, autor do mapa-múndi mais conhecido, é acusado de ter deformado o mundo para garantir a centralidade da Europa.
Se tudo depende do ponto de vista, desafiar as representações oficiais do espaço é também uma oportunidade de contar outras histórias. Destacar lugares preferidos, visualizar problemas crônicos e rotas alternativas são algumas das possibilidades dos mapas subjetivos. A versão artística dos húngaros também se presta à compreensão de dados, só que de maneira sensorial e instantânea.
Em outra experiência, eles fazem com que as regiões de Budapeste se expandam à medida que são noticiadas pela imprensa. Fizeram o mesmo com o mapa da Finlândia, mas a cadência das pulsações é dada pelo Twitter.
Só vendo mesmo para entender. No portal submap.kibu.hu (em inglês) também é possível baixar e experimentar o aplicativo do Kitchen Budapest, apenas para computadores Macintosh.