A Rua Augusta é símbolo do agito paulistano, pois não para em nenhuma hora do dia. Nasce no centro da cidade de São Paulo e se estende com várias lojas, escritórios, baladas, bares, hotéis, teatros, cinema e, em breve, um parque para dar um respiro no meio de tanta atividade. Isso se o grupo Aliados do Parque Augusta tiver êxito na missão de criar uma área verde de 24 mil metros quadrados entre as ruas Caio Prado, Marquês de Paranaguá e a Augusta.
Eles organizaram uma petição online que já tem 15 mil assinaturas de gente defendendo que a prefeitura construa um parque na última área verde da Consolação. Hoje, esse terreno está desocupado, mas tem cerca de 600 árvores nativas, numa região muito valorizada da cidade. Por isso, a briga já dura dez anos e passa pelo poder público e os interesses de imobiliárias.
O movimento já alcançou a elaboração do Projeto de Lei 345/06 para criar o Parque Municipal Augusta, que já passou por todos os trâmites na Câmara Municipal de São Paulo, mas não foi votado.
Em maio, no entanto, a direção dos rumos mudou. A Prefeitura, com o aval da Secretaria do Meio Ambiente, decretou a construção de uma escola pública na área. Ainda que parte o projeto mantenha uma parte de área verde, os Aliados do Parque Augusta reivindicam que nenhuma árvore seja cortada. No blog do movimento, eles afirmam que a obra vai acabar com “o que o espaço tem de mais valioso, que é a tranquilidade e a possibilidade de uma área vazia, de respiro, apenas com árvores e canto de pássaros, em meio ao turbilhão da cidade grande”.
No dia 18 de agosto, o grupo se reuniu com vereadores e com o Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, para negociar e evitar a construção no terreno, mas até agora, o projeto da prefeitura está ganhando.