A partir de setembro, a Bélgica começará testes com 50 motoristas para avaliar a implantação de um imposto que cobraria deles um valor proporcional à frequência de uso do carro e às distâncias percorridas. Se aprovada, a taxa deve substituir as que hoje estão embutidas na compra de veículos e combustível.
A medida visa recolher dinheiro para a manutenção de estradas, mas, sobretudo, incentivar as pessoas a repensar se devem mesmo usar o carro antes de girar a chave no contato – diminuindo, assim, a poluição gerada pelos motores, o desgaste nas vias e o trânsito. Previsões apontam que, em 2020, as ruas belgas terão o dobro do tráfego atual.
Esse tipo de imposto já é estudado em outros países, como a Alemanha, França e em estados americanos. No Oregon, por exemplo, há uma proposta de lei propondo que, em 2015, os motoristas paguem 0,85 centavos de dólar por milha e, em 2018, US$ 1,56. A Holanda já até realizou testes com centenas de motoristas.
Conforme publicado no jornal The New York Times, muitos holandeses acham que o imposto fere a privacidade, já que o governo rastrearia os carros pelo sistema de GPS ligado à internet. O ano de 2012 era o previsto para início da cobrança, mas, no ano passado, a proposta foi engavetada devido mudanças nas bases de apoio do governo.
Segundo estudo do governo holandês, entre 60% e 70% das pessoas teriam menos custos com os impostos dos veículos. Lá, a taxação levaria em conta também a eficiência do carro, a hora do dia e da rota usada no deslocamento – optar por vias movimentadas custaria mais do que dirigir em estradas.
(Com informações do The New York Times)