O Greenpeace bem que tentou, mas o pedido de moratória à exploração petrolífera na região de Abrolhos não vingou. Em julho desse ano, a organização enviou cartas às dez empresas que exploram petróleo no entorno do Parque Nacional Marinho, no sul da Bahia, propondo que elas parassem as atividades por vinte anos.
Segundo o Greenpeace, é preciso criar uma faixa de 93 mil quilômetros onde não haja exploração comercial que arrisque a vida natural da região em caso de derramamento do óleo no mar. O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos é considerado a área de maior biodiversidade do Atlântico Sul.
De forma didática, a ONG fez um mapa interativo, no qual mostra onde a moratória deve ser aplicada e a distribuição das principais espécies animais. A ação quer garantir que não aconteça no Brasil acidentes como o que em agosto atingiu o mar da Escócia. Cerca de 1.300 barris vazaram de um oleoduto da Shell, no que foi considerado o pior acidente do Reino Unidos dos últimos dez anos.