Eles produzem cerca de 70% dos alimentos no País e empregam 74,4% dos trabalhadores rurais. Não obstante, concentram boa parte dos pobres brasileiros, sobretudo em assentamentos agrários nas regiões Norte e Nordeste. O universo multifacetado da agricultura familiar é objeto de um relatório jornalístico da ONG Repórter Brasil, motivado pela celeuma em torno da proposta do novo Código Florestal.
O grupo ruralista vem apontando a agricultura familiar como principal vítima das restrições ambientais previstas no Código, e o argumento é um dos pilares do projeto costurado pelo relator na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). As conclusões da Repórter Brasil, no entanto, apontam para um cenário de apoio dividido.
A parcela que os pesquisadores chamam de “classe média” do setor, composto por principalmente por empresas familiares, estaria mais alinhada com as propostas de flexibilização das normas ambientais. A eles se unem boa parte dos assentados da reforma agrária com foco no mercado de commodities e margens de lucro mais achatadas.
Do outro lado estariam os movimentos sociais, como Via Campesina, e entidades apoiadoras do cultivo agroflorestal, como a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf). Mesmo com tantos contrastes, existe um consenso identificado pelos pesquisadores entre os pequenos produtores: quaisquer alterações na legislação ambiental deveriam considerar diferentes critérios e condições de cumprimento das normas para o agronegócio e a agricultura familiar.[:en]Eles produzem cerca de 70% dos alimentos no País e empregam 74,4% dos trabalhadores rurais. Não obstante, concentram boa parte dos pobres brasileiros, sobretudo em assentamentos agrários nas regiões Norte e Nordeste. O universo multifacetado da agricultura familiar é objeto de um relatório jornalístico da ONG Repórter Brasil, motivado pela celeuma em torno da proposta do novo Código Florestal.
O grupo ruralista vem apontando a agricultura familiar como principal vítima das restrições ambientais previstas no Código, e o argumento é um dos pilares do projeto costurado pelo relator na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). As conclusões da Repórter Brasil, no entanto, apontam para um cenário de apoio dividido.
A parcela que os pesquisadores chamam de “classe média” do setor, composto por principalmente por empresas familiares, estaria mais alinhada com as propostas de flexibilização das normas ambientais. A eles se unem boa parte dos assentados da reforma agrária com foco no mercado de commodities e margens de lucro mais achatadas.
Do outro lado estariam os movimentos sociais, como Via Campesina, e entidades apoiadoras do cultivo agroflorestal, como a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf). Mesmo com tantos contrastes, existe um consenso identificado pelos pesquisadores entre os pequenos produtores: quaisquer alterações na legislação ambiental deveriam considerar diferentes critérios e condições de cumprimento das normas para o agronegócio e a agricultura familiar.