A nova recessão na Europa derrubou os preços do carbono a patamar inferior ao do início da crise de 2008/2009. No final de outubro de 2008, a cotação das licenças de emissão no mercado europeu de carbono acumulava queda de 20% em menos de dois meses, sendo negociadas a 22 euros a tonelada de CO2 equivalente. Ao longo de novembro de 2011, porém, o preço das licenças (European Union Allowances – EUAs) desabou para o patamar de 9 euros, valor mais baixo em 33 meses.
Os créditos de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) de Kyoto acompanharam a tendência, despencando para perto de 6 euros no mercado secundário. Os créditos do MDL são oficialmente chamados de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs ou CERs na sigla em inglês) e seu valor costuma equivaler a 70% do preço da EUA.
Na projeção do banco suíço UBS, uma das instituições mais ativas no mercado de carbono, o excesso de EUAs gerado pela recessão continuará golpeando os preços nos próximos meses. Segundo prevê o UBS, a cotação da EUA declinará para cerca de 5 euros em 2012, podendo derreter até 3 euros. Analistas consideraram exagerado o pessimismo dos suíços, embora também projetem preços inferiores a 15 euros para a EUA em 2012.