Os chineses parecem estar vivendo um boom de luta contra a poluição e pelos direitos socioambientais – ou então a censura governamental está enfraquecida e notícias que não chegavam ao Ocidente começaram a vazar. Embora os militantes chineses continuem enfrentando um risco real de morte ou prisão, suas ações estão cada vez mais ousadas e frequentes.
O episódio mais vistoso nesse sentido ocorreu em Haimen, no Sul do país. Dias antes do Natal, 30 mil pessoas fecharam uma estrada em protesto contra o projeto de uma nova usina de carvão, que se somaria a uma unidade que tem poluido o ar e a água da cidade. Duas pessoas morreram no confronto com a polícia. O governo declarou que poderá reavaliar sua decisão de construir a usina.
Wukan, uma pequena cidade de pescadores na mesma região, também tem vivido dias de protestos violentos organizados por cidadãos que tiveram suas terras expropriadas por membros do Partido Comunista e vendidas para grande empreendedores. Eles conseguiram derrubar o governo local e botar os dirigentes comunistas para correr.
Veja cenas dos dois conflitos nesta reportagem da rede de TV CNN:
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Na virada do ano, outra notícia: 29 produtores de mariscos e pepinos do mar e 107 pescadores entraram com duas ações na Justiça chinesa contra a indústria de petróleo norte-americana ConocoPhillips devido a vazamentos em uma plataforma operada pela empresa que teriam comprometido 6.200 quilômetros quadrados da baía de Bohai, no nordeste do País. Em agosto a não-governamental Federação Ambiental da China avaliou que 200 famílias da região perderam cerca de 1,3 bilhões de yuans (200 milhões de dólares).
Outro episódio recente vale menção: em setembro, 500 pessoas cercaram uma fábrica de painéis solares em Haining, perto de Shangai, em protesto contra o derramamento de grandes volumes de flúor num rio próximo, promovendo uma mortandade de peixes e outros animais.
Enfim, os protestos chineses parecem cada vez mais frequentes e já não deverão causar espanto nos observadores ocidentais.
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Os chineses parecem estar vivendo um boom de luta contra a poluição e pelos direitos socioambientais – ou então a censura governamental está enfraquecida e notícias que não chegavam ao Ocidente começaram a vazar. Embora os militantes chineses continuem enfrentando um risco real de morte ou prisão, suas ações estão cada vez mais ousadas e frequentes.
O episódio mais vistoso nesse sentido ocorreu em Haimen, no Sul do país. Dias antes do Natal, 30 mil pessoas fecharam uma estrada em protesto contra o projeto de uma nova usina de carvão, que se somaria a uma unidade que tem poluido o ar e a água da cidade. Duas pessoas morreram no confronto com a polícia. O governo declarou que poderá reavaliar sua decisão de construir a usina.
Wukan, uma pequena cidade de pescadores na mesma região, também tem vivido dias de protestos violentos organizados por cidadãos que tiveram suas terras expropriadas por membros do Partido Comunista e vendidas para grande empreendedores. Eles conseguiram derrubar o governo local e botar os dirigentes comunistas para correr.
Veja cenas dos dois conflitos nesta reportagem da rede de TV CNN:
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Na virada do ano, outra notícia: 29 produtores de mariscos e pepinos do mar e 107 pescadores entraram com duas ações na Justiça chinesa contra a indústria de petróleo norte-americana ConocoPhillips devido a vazamentos em uma plataforma operada pela empresa que teriam comprometido 6.200 quilômetros quadrados da baía de Bohai, no nordeste do País. Em agosto a não-governamental Federação Ambiental da China avaliou que 200 famílias da região perderam cerca de 1,3 bilhões de yuans (200 milhões de dólares).
Outro episódio recente vale menção: em setembro, 500 pessoas cercaram uma fábrica de painéis solares em Haining, perto de Shangai, em protesto contra o derramamento de grandes volumes de flúor num rio próximo, promovendo uma mortandade de peixes e outros animais.
Enfim, os protestos chineses parecem cada vez mais frequentes e já não deverão causar espanto nos observadores ocidentais.