A maior parte das perdas econômicas causadas ao meio ambiente e à saúde humana provém de apenas 622 fábricas
Três quartos das perdas econômicas associadas a problemas causados pela poluição industrial ao meio ambiente e à saúde humana (doenças e mortes) na Europa provêm de apenas 622 fábricas. O número representa 6% das quase 10 mil indústrias que forneceram seus dados a um relatório publicado em novembro pela Agência Ambiental Europeia (EEA, na sigla em inglês). O documento estima os custos da poluição industrial no universo pesquisado entre 102 bilhões e 169 bilhões de euros – a depender da metodologia utilizada –, tomando-se 2009 como ano- base. Trata-se somente de uma parcela dos custos totais.
A maior parte dos prejuízos é gerada por poluentes emitidos por usinas de energia elétrica, movidas em geral a combustíveis fósseis, com custos variando de 66 bilhões a 112 bilhões de euros. Quando o gás carbônico é retirado da conta, as perdas diminuem acentuadamente, para 26 bilhões a 71 bilhões de euros. A diferença se explica pela enorme quantidade emitida de CO2, cerca de 1 trilhão de vezes superior à dos chamados micropoluentes (dioxinas e furanos, por exemplo). Em termos relativos – custo por quilo de materiais emitidos –, os micropoluentes acarretam perdas mais altas. Acesse Revealing the costs of air pollution from industrial facilities in Europe.