As escolas de Administração estão formando profissionais capazes de incorporar os desafios da sustentabilidade à gestão das empresas? A resposta é um sólido não, segundo a 50+20, think tank formado numa colaboração de três organizações interessadas na formação de lideranças empresariais responsáveis: Principles for Responsible Management Education (sob o guarda-chuva do Global Compact e das Nações Unidas), Globally Responsible Leadership Initiative e World Business School Council for Sustainable Business. As entidades consideram que o ensino de Administração continua a seguir um modelo dos anos 50, que ignora, por exemplo, a contabilidade das externalidades, e que precisa ser atualizado (daí o nome 50+20).
Com o apoio de 16 instituições de ensino de vários países e uma centena de especialistas em gestão empresarial, a 50+20 elaborou um guia para modernizar a educação dos futuros dirigentes empresariais. Participaram escolas de várias latitudes (mas nenhuma brasileira). Dentre elas, a Copenhagen Business School, a Rajiv Gandhi Indian Institute of Management e a University of Pretoria. O documento (em inglês) foi lançado em meio aos muitos eventos paralelos da Rio+20, o que explica a pouca divulgação. Veja ao lado o teaser promocional, que resume o espírito do trabalho.
Para os dirigentes da 50+20, as escolas têm que desenvolver líderes globalmente responsáveis, capazes de mudar paradigmas e de levar as empresas a servir ao bem comum. Elas têm de buscar estratégias alternativas para abrir os horizontes dos novos executivos. Os estudantes poderiam, por exemplo, participar de atividades colaborativas, em que interagiriam com professores e diversos stakeholders, desenvolvendo uma visão global e um sentimento de empatia.
E, mais importante: as escolas têm que romper com uma série de dogmas. Têm que reavaliar o foco obsessivo no crescimento exponencial (do faturamento, da valorização das ações, da produção), têm que desenvolver uma nova política de benchmarking (o que define a excelência empresarial?). Como diz o vídeo, a mera adição de aulas de ética e sustentabilidade ao currículo não basta: é como “colocar batom num porco”.[:en]
As escolas de Administração estão formando profissionais capazes de incorporar os desafios da sustentabilidade à gestão das empresas? A resposta é um sólido não, segundo a 50+20, think tank formado numa colaboração de três organizações interessadas na formação de lideranças empresariais responsáveis: Principles for Responsible Management Education (sob o guarda-chuva do Global Compact e das Nações Unidas), Globally Responsible Leadership Initiative e World Business School Council for Sustainable Business. As entidades consideram que o ensino de Administração continua a seguir um modelo dos anos 50, que ignora, por exemplo, a contabilidade das externalidades, e que precisa ser atualizado (daí o nome 50+20).
Com o apoio de 16 instituições de ensino de vários países e uma centena de especialistas em gestão empresarial, a 50+20 elaborou um guia para modernizar a educação dos futuros dirigentes empresariais. Participaram escolas de várias latitudes (mas nenhuma brasileira). Dentre elas, a Copenhagen Business School, a Rajiv Gandhi Indian Institute of Management e a University of Pretoria. O documento (em inglês) foi lançado em meio aos muitos eventos paralelos da Rio+20, o que explica a pouca divulgação. Veja ao lado o teaser promocional, que resume o espírito do trabalho.
Para os dirigentes da 50+20, as escolas têm que desenvolver líderes globalmente responsáveis, capazes de mudar paradigmas e de levar as empresas a servir ao bem comum. Elas têm de buscar estratégias alternativas para abrir os horizontes dos novos executivos. Os estudantes poderiam, por exemplo, participar de atividades colaborativas, em que interagiriam com professores e diversos stakeholders, desenvolvendo uma visão global e um sentimento de empatia.
E, mais importante: as escolas têm que romper com uma série de dogmas. Têm que reavaliar o foco obsessivo no crescimento exponencial (do faturamento, da valorização das ações, da produção), têm que desenvolver uma nova política de benchmarking (o que define a excelência empresarial?). Como diz o vídeo, a mera adição de aulas de ética e sustentabilidade ao currículo não basta: é como “colocar batom num porco”.