A ausência de compromissos financeiros na declaração oficial da Rio+20 para custear a transição para uma economia de baixo carbono não quer dizer que o tema também tenha sido ignorado durante a Conferência. Ao contrário, o assunto foi amplamente debatido e, entre as propostas que ganharam destaque, estão as do FMI e da OCDE. O vice-diretor-gerente do FMI, Min Zhu, fez as contas e disse que, se todos os países-membros da OCDE cobrarem US$ 0,25 por tonelada emitida de carbono, serão arrecadados US$ 250 bilhões ao ano. Complementou que, se o empecilho for a crise econômica que atinge a União Europeia, esses recursos poderão ser utilizados para ajudar os países mais endividados. Já o secretário- geral da OCDE, José Angel, atacou a concessão de subsídios para combustíveis fósseis. Para ele, os subsídios alimentam o pior vilão da atualidade, o carbono.
Outra fonte de recursos para a proteção ambiental poderá vir da cobrança de uma taxa sobre transações financeiras. O modelo foi defendido pelo presidente francês, François Hollande. Ele disse que a França continua firme no propósito de estabelecer essa medida, sugerida, aliás, por seu antecessor, Nicolas Sarkozy. A novidade é que Hollande quer destinar parte da receita para iniciativas de conservação ambiental. Oficialmente, o tema do financiamento só não passou totalmente em branco porque o parágrafo 258 da declaração final reforçou a urgência para que os países desenvolvidos membros da OCDE cumpram um compromisso assumido em 2005: o de elevar, até 2015, para 0,7% do Produto Nacional Bruto (PNB) as contribuições à Official Development Aid (ODA), iniciativa global de transferência de recursos para países com baixa renda per capita. O documento frisou também que os países doadores devem evitar a imposição de condicionantes ao fazerem os aportes (mais sobre o assunto em “Robin Hood verde”). –[:en]
A ausência de compromissos financeiros na declaração oficial da Rio+20 para custear a transição para uma economia de baixo carbono não quer dizer que o tema também tenha sido ignorado durante a Conferência. Ao contrário, o assunto foi amplamente debatido e, entre as propostas que ganharam destaque, estão as do FMI e da OCDE. O vice-diretor-gerente do FMI, Min Zhu, fez as contas e disse que, se todos os países-membros da OCDE cobrarem US$ 0,25 por tonelada emitida de carbono, serão arrecadados US$ 250 bilhões ao ano. Complementou que, se o empecilho for a crise econômica que atinge a União Europeia, esses recursos poderão ser utilizados para ajudar os países mais endividados. Já o secretário- geral da OCDE, José Angel, atacou a concessão de subsídios para combustíveis fósseis. Para ele, os subsídios alimentam o pior vilão da atualidade, o carbono.
Outra fonte de recursos para a proteção ambiental poderá vir da cobrança de uma taxa sobre transações financeiras. O modelo foi defendido pelo presidente francês, François Hollande. Ele disse que a França continua firme no propósito de estabelecer essa medida, sugerida, aliás, por seu antecessor, Nicolas Sarkozy. A novidade é que Hollande quer destinar parte da receita para iniciativas de conservação ambiental. Oficialmente, o tema do financiamento só não passou totalmente em branco porque o parágrafo 258 da declaração final reforçou a urgência para que os países desenvolvidos membros da OCDE cumpram um compromisso assumido em 2005: o de elevar, até 2015, para 0,7% do Produto Nacional Bruto (PNB) as contribuições à Official Development Aid (ODA), iniciativa global de transferência de recursos para países com baixa renda per capita. O documento frisou também que os países doadores devem evitar a imposição de condicionantes ao fazerem os aportes (mais sobre o assunto em “Robin Hood verde”). –