PRATA DA CASA
O fim de velhas certezas
Vandana Shiva é um nome reconhecido mundialmente quando o assunto é segurança alimentar e biodiversidade e biodiversidade. A física e ambientalista indiana é profunda conhecedora da questão agrária, defensora da preservação de culturas locais e da ideia de que as sementes são patrimônio da humanidade.
Vandana fundou a ONG Navdanya, que estimula a agricultura orgânica local. Por isso, não poupa críticas ou números contra empresas que patenteiam bens da natureza. Em entrevista a Página22 durante a Rio+20, ela conta que em seu país a semente de algodão foi dominada pela Monsanto e se tornou uma “nova fonte de escravidão”.
“O preço da semente aumentou 8.000% e 13 vezes mais pesticidas estão sendo usados atualmente”, diz. Ela nos concedeu a entrevista enquanto caminhava em direção ao evento “Mulheres e o Desenvolvimento Sustentável – liderando o caminho”. Entre tantas bandeiras que levanta, Vandana também é defensora das mulheres indianas.
Mesmo com ressalvas à ideia de economia verde, a indiana acredita que as antigas certezas do mainstream estão morrendo. Mostra esperança em relação às mudanças e a um novo tempo que está por vir. Leia a entrevista na íntegra.
MUNDO A FORA
A era do homem
Desde o fim do século XVIII, temos dominado cada vez mais a natureza. Melhoramos a qualidade de nossas vidas, inventamos máquinas, remédios, ocupamos novas áreas naturais, descobrimos e extinguimos espécies e aumentamos nossa população consideravelmente. É a chamada era do Antropoceno – tema a que Página22 dedicou-se já em 2008. Junto com tudo isso vieram as alterações nos sistemas naturais da Terra. O aquecimento global é só um deles.
O site Welcome to the Antropocene é uma plataforma dedicada a educar e envolver pessoas sobre essa nova fase do planeta. Além de um belo vídeo de introdução sobre o conceito, traz informações sobre atividades humanas, como o desmatamento, a exploração de minérios e o derretimento das geleiras. O projeto é colaborativo e feito entre pesquisadores e comunicadores de instituições de pesquisa científica em sustentabilidade, como a Universidade de Estocolmo.
Biomassa solo acima
Todo o carbono que as florestas tropicais estocam em sua vegetação foi calculado em um mapa virtual. A iniciativa é do Centro de Pesquisa Woods Hole, nos Estados Unidos, e está disponível, juntamente com um banco de dados em seu site. Há dados de diferentes países.
A expectativa é que os dados auxiliem nas pesquisas e sirvam de base para novos programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), com destaque para as terras mais rentáveis para proteger.
O governo da Indonésia, por exemplo, já mostrou interesse em usar os mapas em projetos para reduzir o impacto ambiental da indústria do óleo de palma. A atividade é responsável pelo desmatamento da floresta nativa para dar lugar a extensas plantações apenas de palma.
VALE O CLICK
Prateleira virtual
Visando a disseminação do conhecimento, a Scielo Brasil lançou um portal para baixar livros acadêmicos. São mais de 200 títulos sob a licença Creative Commons e publicados por universidades, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA), e pela Fiocruz. O objetivo é que, a cada ano, de 300 a 500 livros sejam disponibilizados.
Toque um estranho
À primeira vista, as fotos são apenas de pessoas abraçadas ou de mãos dadas. O motivo dos contatos revela a beleza do projeto. O fotógrafo americano Richard Renaldi saiu pelas ruas dos Estados Unidos, pediu que desconhecidos se tocassem e posassem para suas lentes. O resultado é o projeto Touching Strangers, disponível em seu site.
Tempos modernos
A revista on-line Urban Times tem, no centro de sua linha editorial, notícias sobre soluções e a vida nas cidades em tempos de grande urbanização. Ela se define como uma “rede mundial dedicada a uma visão otimista de futuro”. As editorias de cultura, meio ambiente, política, construção, mundo e ciência e tecnologia são um mix tradicional com conteúdos inovadores.[:en]PRATA DA CASA
O fim de velhas certezas
Vandana Shiva é um nome reconhecido mundialmente quando o assunto é segurança alimentar e biodiversidade e biodiversidade. A física e ambientalista indiana é profunda conhecedora da questão agrária, defensora da preservação de culturas locais e da ideia de que as sementes são patrimônio da humanidade.
Vandana fundou a ONG Navdanya, que estimula a agricultura orgânica local. Por isso, não poupa críticas ou números contra empresas que patenteiam bens da natureza. Em entrevista a Página22 durante a Rio+20, ela conta que em seu país a semente de algodão foi dominada pela Monsanto e se tornou uma “nova fonte de escravidão”.
“O preço da semente aumentou 8.000% e 13 vezes mais pesticidas estão sendo usados atualmente”, diz. Ela nos concedeu a entrevista enquanto caminhava em direção ao evento “Mulheres e o Desenvolvimento Sustentável – liderando o caminho”. Entre tantas bandeiras que levanta, Vandana também é defensora das mulheres indianas.
Mesmo com ressalvas à ideia de economia verde, a indiana acredita que as antigas certezas do mainstream estão morrendo. Mostra esperança em relação às mudanças e a um novo tempo que está por vir. Leia a entrevista na íntegra.
MUNDO A FORA
A era do homem
Desde o fim do século XVIII, temos dominado cada vez mais a natureza. Melhoramos a qualidade de nossas vidas, inventamos máquinas, remédios, ocupamos novas áreas naturais, descobrimos e extinguimos espécies e aumentamos nossa população consideravelmente. É a chamada era do Antropoceno – tema a que Página22 dedicou-se já em 2008. Junto com tudo isso vieram as alterações nos sistemas naturais da Terra. O aquecimento global é só um deles.
O site Welcome to the Antropocene é uma plataforma dedicada a educar e envolver pessoas sobre essa nova fase do planeta. Além de um belo vídeo de introdução sobre o conceito, traz informações sobre atividades humanas, como o desmatamento, a exploração de minérios e o derretimento das geleiras. O projeto é colaborativo e feito entre pesquisadores e comunicadores de instituições de pesquisa científica em sustentabilidade, como a Universidade de Estocolmo.
Biomassa solo acima
Todo o carbono que as florestas tropicais estocam em sua vegetação foi calculado em um mapa virtual. A iniciativa é do Centro de Pesquisa Woods Hole, nos Estados Unidos, e está disponível, juntamente com um banco de dados em seu site. Há dados de diferentes países.
A expectativa é que os dados auxiliem nas pesquisas e sirvam de base para novos programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), com destaque para as terras mais rentáveis para proteger.
O governo da Indonésia, por exemplo, já mostrou interesse em usar os mapas em projetos para reduzir o impacto ambiental da indústria do óleo de palma. A atividade é responsável pelo desmatamento da floresta nativa para dar lugar a extensas plantações apenas de palma.
VALE O CLICK
Prateleira virtual
Visando a disseminação do conhecimento, a Scielo Brasil lançou um portal para baixar livros acadêmicos. São mais de 200 títulos sob a licença Creative Commons e publicados por universidades, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA), e pela Fiocruz. O objetivo é que, a cada ano, de 300 a 500 livros sejam disponibilizados.
Toque um estranho
À primeira vista, as fotos são apenas de pessoas abraçadas ou de mãos dadas. O motivo dos contatos revela a beleza do projeto. O fotógrafo americano Richard Renaldi saiu pelas ruas dos Estados Unidos, pediu que desconhecidos se tocassem e posassem para suas lentes. O resultado é o projeto Touching Strangers, disponível em seu site.
Tempos modernos
A revista on-line Urban Times tem, no centro de sua linha editorial, notícias sobre soluções e a vida nas cidades em tempos de grande urbanização. Ela se define como uma “rede mundial dedicada a uma visão otimista de futuro”. As editorias de cultura, meio ambiente, política, construção, mundo e ciência e tecnologia são um mix tradicional com conteúdos inovadores.