Vou rifar meu coração
A diretora Ana Rieper saiu para fazer um filme sobre a música brega – ou romântica – e chegou com um baita documentário sobre o amor, as emoções, sexo e tudo o que nos faz mais ou menos iguais nesta existência. O documentário Vou Rifar Meu Coração entra em cartaz a partir de 3 de agosto em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Maceió e Florianópolis e deverá arrebatar plateias, como aconteceu nos festivais onde já foi exibido, onde a sessão acaba se transformando num grande baile.
Ao fazer um retrospecto das canções tanto mais românticas quanto populares das últimas décadas, Ana constrói uma crônica de costumes e nos presenteia com personagens tão singulares quanto comuns.
Analisando temas de músicas de artistas como Waldik Soriano, Amado Batista, Agnaldo Timóteo, Nelson Ned e Wando, entre outros, encontramos os dramas da vida a dois de uma forma profundamente popular e brasileira, com a fascinação e desilusão que lhe são peculiares.
Além das pessoas que abrem seus corações e contam suas histórias, o filme tem os depoimentos de Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista, Lindomar Castilho, Nelson Ned, Walter de Afogados e de Rodrigo Mell, este último representante da nova geração do brega.
Na borda
As ações e pensamentos de nove coletivos artísticos de São Paulo são tema da exposição Na Borda, no Sesc Consolação. Os grupos Bijari, Projeto Matilha, C.O.B.A.I.A., Contrafilé, EIA, Esqueleto Coletivo, Frente 3 de Fevereiro, Nova Pasta e Ocupacidade apresentam no ambiente expositivo uma síntese de suas experiências e debatem com o público sobre os trabalhos e trajetórias.
Como ativar as forças da rua no espaço expositivo? Como recriar a força de ruptura das intervenções num espaço institucional com todos os seus dispositivos cognitivos? Como manter o ponto de interrogação das intervenções numa proposição de registro e contextualização histórica? Essas são questões que se colocam quando se fala de intervenção urbana e/ou arte-ativismo.
Além de uma seleção de grupos que têm papel fundamental na arte da capital paulista, o encontro é oportunidade para uma reflexão sobre os rumos da arte contemporânea e das práticas artísticas colaborativas.
Produção argentina
O quadrinista argentino Liniers ganhou uma retrospectiva na Caixa Cultural do Rio de Janeiro até 9 de setembro. São mais de 500 tirinhas, além de livros, animações, pôsteres, cadernos de viagens e pinturas que podem ser vistas gratuitamente. O nome da exposição é inspirado na série Macanudo, que Liniers publica no jornal La Nación. Depois do Rio, a mostra segue para a Caixa Cultural do Recife.
A melhor do francês recente
A edição 2012 do Festival Varilux de Cinema Francês vai chegar a 30 cidades brasileiras e a mais de 40 salas de cinema, exibindo o melhor da safra recente. Na abertura será exibido o premiado Intocáveis (Intouchables), de Olivier Nakache e Eric Toledano. O longa foi o fenômeno absoluto de bilheteria na França em 2011, um dos filmes mais vistos na história do cinema francês, levando às salas mais de 20 milhões de pessoas.
Entre outros importantes títulos que o festival traz estão produções exibidas no último Festival de Cannes (2012), como Adeus Berthe – o Enterro da Vovó (Adieu Berthe ou l’enterrement de Mémé), de Bruno Podalydès, e Alyah, de Elie Wajeman.
Também será a première de filmes que serão lançados em breve no mercado brasileiro, como Cloclo, de Florent-Emilio Siri; E agora, para onde vamos? (Et maintenant on va où?), de Nadine Labaki; Uma garrafa no mar de Gaza (Une bouteille à la mer), de Thierry Binisti, e Um evento feliz (Un heureux événement), de Rémi Bezançon.
A programação completa pode ser conferida em variluxcinefrances.com.