Após as denúncias de que garimpeiros brasileiros teriam sido responsáveis por um massacre de índios Yanomami na fronteira com a Venezuela, em julho, foi colocado na internet uma carta pedindo que as autoridades de ambos os países apurem o caso. Com apoio do Instituto Socioambiental (ISA), a carta transformou-se em uma petição online, aberta à adesão de pessoas e instituições. Leia e assine.
O texto é assinado por Dario Kopenawa Yanomami, diretor da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e destinada ao presidente venezuelano Hugo Chavez, a Dilma Roussef, ao Ministro da Justiça do Brasil, Eduardo Cardozo e ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.
“Diante da gravidade dos fatos apelamos que a República Bolivariana da Venezuela em conjunto com o Governo Brasileiro, por meio de esforço de cooperação bilateral entre os dois países, tomem medidas urgentes no sentido de que as autoridade venezuelanas tenham acesso imediato ao local do crime e possam coletar evidências do que aconteceu para permitir a devida investigação e punição dos responsáveis”, diz o texto.
Na semana passada, foi divulgada a informação de que testemunhas teriam encontrado três sobreviventes, que viviam na a comunidade Irotatheri. Os índios contaram que não presenciaram o massacre mas que quando chegaram na aldeia encontraram os corpos de todos os moradores queimados. O ataque teria sido motivado porque os garimpeiros queriam abusar sexualmente de mulheres ianomâmis. Diante da resistências dos homens da aldeia, se organizaram para destruí-la. O número de mortos ainda é incerto e a Promotoria da Venezuela afirma quejá está investigando o caso.