Um dos aspectos mais dramáticos do acidente nuclear de Fukushima, no ano passado, foi a decisão de enviar 50 voluntários e funcionários para a área de altíssima radiação, numa missão kamikaze de estabilização do reator. Na época, em meados de março, o então primeiro ministro japonês Naoto Kan declarou que as equipes estavam “preparadas para morrer” devido aos níveis de exposição milhões de vezes acima do recomendado.
Acidentes atômicos como o de Fukushima, o maior desde a explosão da central ucraniana de Chernobyl, em 1986, podem ocorrer a qualquer momento num mundo com 435 usinas em operação e outras 62 em construção. Mas talvez já não seja preciso prolongar a exposição de humanos no epicentro do vazamento.
A Hitachi, gigante da eletrônica e da engenharia, acaba de anunciar que desenvolveu o robô ASTACO-SoRa com a finalidade específica de descontaminar Fukushima. Ele é capaz de levantar até 150 quilos em cada um dos seus braços, apesar de suas dimensões modestas (98 cm de largura, quando os braços estão recolhidos), que permitem que ele circule por espaços exíguos. Ele também pode realizar toda sorte de movimentos precisos e carrega um verdadeiro canivete suíço, incluindo câmeras, sensores e vários tipos de ferramentas. O ASTACO-SoRa pesa 2,3 toneladas e tem autonomia de 15 horas, graças a um motor a diesel. Ele é operado remotamente por um painel de controle que pode ser instalado longe da usina. Mas ele tem pelo menos dois pontos fracos: a sua velocidade de operação, de apenas 2,6 km/h, como atesta o vídeo demonstrativo ao lado; e a incapacidade de subir escadas ou desníveis. Será o suficiente para reduzir uma tragédia de imensas proporções?[:en]
Um dos aspectos mais dramáticos do acidente nuclear de Fukushima, no ano passado, foi a decisão de enviar 50 voluntários e funcionários para a área de altíssima radiação, numa missão kamikaze de estabilização do reator. Na época, em meados de março, o então primeiro ministro japonês Naoto Kan declarou que as equipes estavam “preparadas para morrer” devido aos níveis de exposição milhões de vezes acima do recomendado.
Acidentes atômicos como o de Fukushima, o maior desde a explosão da central ucraniana de Chernobyl, em 1986, podem ocorrer a qualquer momento num mundo com 435 usinas em operação e outras 62 em construção. Mas talvez já não seja preciso prolongar a exposição de humanos no epicentro do vazamento.
A Hitachi, gigante da eletrônica e da engenharia, acaba de anunciar que desenvolveu o robô ASTACO-SoRa com a finalidade específica de descontaminar Fukushima. Ele é capaz de levantar até 150 quilos em cada um dos seus braços, apesar de suas dimensões modestas (98 cm de largura, quando os braços estão recolhidos), que permitem que ele circule por espaços exíguos. Ele também pode realizar toda sorte de movimentos precisos e carrega um verdadeiro canivete suíço, incluindo câmeras, sensores e vários tipos de ferramentas. O ASTACO-SoRa pesa 2,3 toneladas e tem autonomia de 15 horas, graças a um motor a diesel. Ele é operado remotamente por um painel de controle que pode ser instalado longe da usina. Mas ele tem pelo menos dois pontos fracos: a sua velocidade de operação, de apenas 2,6 km/h, como atesta o vídeo demonstrativo ao lado; e a incapacidade de subir escadas ou desníveis. Será o suficiente para reduzir uma tragédia de imensas proporções?