Evento ocorre entre os dias 18 e 21, em Brasília
Vinte e dois estados do Brasil e oito países serão representados por três mil mulheres no I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, o qual acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Parque da Cidade, em Brasília. Com o tema “Na sociedade que a gente quer, basta de violência contra a mulher”, o movimento exaltará o papel que as mulheres ocupam no campo, além de defender a soberania alimentar, políticas públicas mais justas, preservação da biodiversidade e o fim da violência contra as camponesas. A abertura está prevista para às 14 horas. Em seguida, as camponesas irão expor produtos em Mostra da Agricultura Camponesa, que acontecerá no mesmo local.
Para a dirigente do Movimento na região Sul Noeli Taborda, o objetivo do encontro é fortalecer o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) desde a base à direção Nacional, e assim, dar “visibilidade ao papel importante que a mulher exerce na produção de alimentos”. O encontro também pretende, de acordo com o MMC, propor medidas para fomentar a criação de políticas públicas efetivas para as mulheres camponesas
Entre as atividades do encontro estão as plenárias de discussão sobre a produção de alimentos sustentáveis, o combate a violência contra a mulher e o feminismo. De acordo com a organização, as camponesas também terão atividades culturais
Para a dirigente da região Amazônica Tânia Chantel, o encontro é importante pois possibilitará reunir mulheres do campo de todo o Brasil para discutir sobre temas como o projeto de agricultura camponesa. Além disso, segundo ela, a violência praticada contra a mulher do campo poderá ser denunciada, uma vez que é ignorada “pelas autoridades e pela mídia”.
Além das mulheres brasileiras, participarão do evento as Organizações de Mulheres Internacionais dos países de Cuba (Federação de Mulheres Cubanas), Honduras (Conselho para o Desenvolvimento Integral das Mulheres Camponesas), Colômbia (Federação Nacional Sindical Unitária Agropecuária), Venezuela (Frente Nacional Campesina Ezequiel Zamoura), Chile (Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas), Paraguai (Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas), República Dominicana (Confederação Nacional de Mulheres do Campo), Itália (Universidade de Verona) e África (União Nacional de Camponeses de Moçambique e uma articuladora de organizações de camponeses da África do Sul – TCOE).
Mais informações nos telefones (61) 8247 7975 e (61) 9936 3743.