Transição para economia verde e sustentável está criando milhões de postos de trabalho na América Latina e Caribe
Novo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) defende que a transição para uma economia verde e sustentável está favorecendo a criação de milhões de empregos.
O relatório O desafio da promoção de empresas sustentáveis na América Latina e no Caribe: Uma análise regional comparativa (acesse em espanhol), aponta como exemplo os benefícios que países em desenvolvimento, como o Brasil, teriam com a expansão das áreas de tecnologias limpas e energias renováveis.
No Brasil, 2,9 milhões de postos de trabalho foram registrados em áreas dedicadas à redução dos danos ambientais em 2010. O documento cita um estudo do Banco Mundial no Brasil que afirma ser compatível o crescimento do PIB com a redução, até 2030, das emissões de carbono em mais de um terço.
Na apresentação do relatório, Elizabeth Tinoco, diretora da OIT para a América Latina e o Caribe, afirmou que algumas barreiras inibem o desenvolvimento de empresas mais sustentáveis na região latino-americana. Entre elas está a alta informalidade de empregos, a persistência da pobreza e da desigualdade social, a falta de segurança jurídica e de políticas econômicas estáveis. Também foi identificada a necessidade de estimular o desenvolvimento tecnológico, o acesso a serviços financeiros, a inovação e a diminuição da burocracia para esses novos negócios.
Para impulsionar a economia verde em nível global, a OIT uniu-se a outras agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e lançou, também em fevereiro, a Parceria para Ação pela Economia Verde (Page, da sigla em inglês). Até 2020, o projeto dará suporte a 30 países na elaboração de estratégias nacionais que favoreçam o aumento da oferta de empregos em áreas ligadas à sustentabilidade, a promoção de tecnologias limpas e a redução dos riscos ao meio ambiente.
A Page é consequência do documento O Futuro que Queremos, lançado na Rio+20, que aponta a economia verde como um dos motores do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.