Portland tem o maior número de strippers per capita do mundo. A pequena metrópole, na Costa Oeste, também lidera o ranking das cidades mais vegetarianas dos Estados Unidos. Por que não juntar as duas coisas? É o que fez a Casa Diablo, que oferece “menus vegan de dar água na boca” e garotas que não portam couro, peles, seda ou lã, só tatuagens. O inferninho tem outra característica rara entre estabelecimentos do gênero. Ali é proibido fumar.
O proprietário, Johnny “Diablo” Zukle, vegan há mais de duas décadas, costuma declarar que seu único objetivo no universo é “salvar o máximo de criaturas da dor e do sofrimento”. Em momentos menos diplomáticos, diz que sua casa oferece “carne no palco, não no prato”.
O uso da nudez para promover o vegetarianismo e o respeito aos direitos dos animais é, na verdade, razoavelmente comum nos Estados Unidos. A PETA, organização famosa pelos seus protestos ruidosos contra o uso de casacos de pele, costuma usar mulheres semi-nuas para promover sua causa. Um exemplo é este cartaz com a curvilínea Pamela Anderson vestida spenas com folhas de alface, convidando marmanjos a abraçarem (sim, abraçarem) o vegetarianismo. E, em Las Vegas, um grupo de dançarinas sexy denominado Vegan Vixens canta que “homens de verdade não caçam” e declara lutar para “aliviar o sofrimento dos animais, ajudar as pessoas a ficarem em forma e impedir o aquecimento global por meio da música”.
Esse erotismo caridoso não é unanimidade nem entre feministas, nem vegans, que consideram essa associação combinação má publicidade para a causa vegetariana. Em 2008, quando a Casa Diablo foi inaugurada, a ativa comunidade feminista de Portland protestou e, dois anos atrás, seu proprietário enfrentou barreiras quando quis abrir uma segunda unidade do outro lado da cidade. Acabou conseguindo e seu negócio continua a prosperar.
Isa Chandra Moskowitz, autora de livros culinários entrevistada a respeito pelo The New York Times (numa matéria de título imbatível: “A cenoura que alguns vegans desaprovam“), ponderou: “como feminista, não gosto da ideia de se usar os corpos de mulheres para vender a idéia do veganismo, nem de usar o veganismo para vender corpos de mulheres”. E você, o que acha?[:en]Portland tem o maior número de strippers per capita do mundo. A pequena metrópole, na Costa Oeste, também lidera o ranking das cidades mais vegetarianas dos Estados Unidos. Por que não juntar as duas coisas? É o que fez a Casa Diablo, que oferece “menus vegan de dar água na boca” e garotas que não portam couro, peles, seda ou lã, só tatuagens. O inferninho tem outra característica rara entre estabelecimentos do gênero. Ali é proibido fumar.
O proprietário, Johnny “Diablo” Zukle, vegan há mais de duas décadas, costuma declarar que seu único objetivo no universo é “salvar o máximo de criaturas da dor e do sofrimento”. Em momentos menos diplomáticos, diz que sua casa oferece “carne no palco, não no prato”.
O uso da nudez para promover o vegetarianismo e o respeito aos direitos dos animais é, na verdade, razoavelmente comum nos Estados Unidos. A PETA, organização famosa pelos seus protestos ruidosos contra o uso de casacos de pele, costuma usar mulheres semi-nuas para promover sua causa. Um exemplo é este cartaz com a curvilínea Pamela Anderson vestida spenas com folhas de alface, convidando marmanjos a abraçarem (sim, abraçarem) o vegetarianismo. E, em Las Vegas, um grupo de dançarinas sexy denominado Vegan Vixens canta que “homens de verdade não caçam” e declara lutar para “aliviar o sofrimento dos animais, ajudar as pessoas a ficarem em forma e impedir o aquecimento global por meio da música”.
Esse erotismo caridoso não é unanimidade nem entre feministas, nem vegans, que consideram essa associação combinação má publicidade para a causa vegetariana. Em 2008, quando a Casa Diablo foi inaugurada, a ativa comunidade feminista de Portland protestou e, dois anos atrás, seu proprietário enfrentou barreiras quando quis abrir uma segunda unidade do outro lado da cidade. Acabou conseguindo e seu negócio continua a prosperar.
Isa Chandra Moskowitz, autora de livros culinários entrevistada a respeito pelo The New York Times (numa matéria de título imbatível: “A cenoura que alguns vegans desaprovam“), ponderou: “como feminista, não gosto da ideia de se usar os corpos de mulheres para vender a idéia do veganismo, nem de usar o veganismo para vender corpos de mulheres”. E você, o que acha?