Duas notícias chamam a atenção para o potencial – positivo e negativo – das impressoras 3D que estão surgindo nos últimos tempos. Esses aparelhos “fabricam” objetos ou protótipos a partir de um modelo tridimensional, criados por sucessivas camadas de material. A popularização deste aparelho no ambiente empresarial vem permitindo um barateamento das impressoras 3D para pequenas e médias empresas, e em alguns casos os próprios consumidores estão tendo acesso a este tipo de equipamento.
Essa tecnologia inovadora está abrindo espaço para novos usos. Por exemplo, recentemente uma brasileira conquistou o segundo lugar em uma competição global de design com um projeto de uma impressora 3D na qual crianças poderiam produzir a sua própria comida (saiba mais). Esse aparelho permitiria uma personalização do alimento por parte que quem o faz, de acordo com os comandos dados ao equipamento. Além de permitir mexer na composição, a impressora 3D também permite montar alimentos em formatos diferentes e pouco usuais – como bifes com forma de carrinho.
As impressoras 3D, no entanto, podem ir além da reprodução de objetos ou mesmo alimento – elas também podem reproduzir armas fieis, com materiais pouco usuais na indústria armamentista tradicional, que burlam os esquemas de segurança atuais. Foi o que aconteceu há alguns meses em Israel, quando um programa investigativo da TV israelense conseguiu entrar no Parlamento nacional com uma arma produzida em impressora 3D (saiba mais).
A arma, produzida usando os moldes do site Defense Distributed, foi fabricada com plástico, o que facilitou a sua passagem pelos esquemas tradicionais de segurança com base em detectores de metais. Em maio passado, este mesmo site foi alvo de polêmica: em apenas dois dias, o arquivo com os moldes de arma foi baixado mais de 100 mil vezes.
Bruno Toledo, com informações do UOL Notícias Tecnologia
Contribuição de Amália Safatle e Roberta Simonetti