Dezenove países acabam de anunciar que trabalharão juntos para criar o Corredor Africano de Energias Limpas, sob a coordenação da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). A iniciativa visa captar investimentos que ajudem a diversificar a matriz energética da região e reduzir seus impactos. O corredor deverá favorecer o planejamento de projetos em comum, inclusive a construção de linhas de transmissão que cubram a porção oriental e o sul do continente, do Cairo a Johanesburgo. A Irena ficará encarregada de identificar áreas de grande potencial de desenvolvimento de projetos solares, eólicos, geotérmicos e de biomassa, apoiar os governos federais para que criem políticas de incentivo, criar uma base local de conhecimento e buscar novos modelos de financiamento. O vídeo de divulgação da iniciativa, ao lado, em inglês, detalha essa parceria, que foi lançada há duas semanas, durante a assembléia anual da agência em Abu Dhabi.
Os países participantes são Egito, Sudão, Etiópia, Ruanda, Burundi, República Democrática do Congo, Quênia, Moçambique, Malaui, Zimbábue, Zâmbia, Tanzânia, Angola, Namíbia, Botsvana, Uganda, África do Sul, Suazilândia e Djibuti. Alguns deles tiveram crescimento econômico prodigioso nos últimos anos, bem superior à média global. Entretanto, seu desenvolvimento tem sido freado por blecautes frequentes – dados do Banco Mundial indicam que empresas africanas costumam perder entre 5% e 20% de seus negócios potenciais por causa da inconstância da rede elétrica. E o problema tende a se agravar. Dados da Irena indicam que a demanda energética deverá triplicar no Sul da África (países que usam, majoritariamente, carvão) e quadruplicar na região Oriental do continente (onde o gás natural é dominante) nos próximos 25 anos.
Dentre esses países, merece destaque a Etiópia, que já dispõe da maior rede de geradores eólicos do continente e tem planos de instalar uma capacidade eólica adicional de 800 megawatts. Além disso, em setembro, o governo do país fechou um acordo com uma empresa americano-islandesa para instalar a maior usina geotérmica do continente, o Projeto Corbetti, com capacidade de 1 gigawatt, a um custo estimado de US$ 4 bilhões.
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Dezenove países acabam de anunciar que trabalharão juntos para criar o Corredor Africano de Energias Limpas, sob a coordenação da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). A iniciativa visa captar investimentos que ajudem a diversificar a matriz energética da região e reduzir seus impactos. O corredor deverá favorecer o planejamento de projetos em comum, inclusive a construção de linhas de transmissão que cubram a porção oriental e o sul do continente, do Cairo a Johanesburgo. A Irena ficará encarregada de identificar áreas de grande potencial de desenvolvimento de projetos solares, eólicos, geotérmicos e de biomassa, apoiar os governos federais para que criem políticas de incentivo, criar uma base local de conhecimento e buscar novos modelos de financiamento. O vídeo de divulgação da iniciativa, ao lado, em inglês, detalha essa parceria, que foi lançada há duas semanas, durante a assembléia anual da agência em Abu Dhabi.
Os países participantes são Egito, Sudão, Etiópia, Ruanda, Burundi, República Democrática do Congo, Quênia, Moçambique, Malaui, Zimbábue, Zâmbia, Tanzânia, Angola, Namíbia, Botsvana, Uganda, África do Sul, Suazilândia e Djibuti. Alguns deles tiveram crescimento econômico prodigioso nos últimos anos, bem superior à média global. Entretanto, seu desenvolvimento tem sido freado por blecautes frequentes – dados do Banco Mundial indicam que empresas africanas costumam perder entre 5% e 20% de seus negócios potenciais por causa da inconstância da rede elétrica. E o problema tende a se agravar. Dados da Irena indicam que a demanda energética deverá triplicar no Sul da África (países que usam, majoritariamente, carvão) e quadruplicar na região Oriental do continente (onde o gás natural é dominante) nos próximos 25 anos.
Dentre esses países, merece destaque a Etiópia, que já dispõe da maior rede de geradores eólicos do continente e tem planos de instalar uma capacidade eólica adicional de 800 megawatts. Além disso, em setembro, o governo do país fechou um acordo com uma empresa americano-islandesa para instalar a maior usina geotérmica do continente, o Projeto Corbetti, com capacidade de 1 gigawatt, a um custo estimado de US$ 4 bilhões.