Os centros históricos de Salvador, Olinda, São Luís e São Cristóvão (em Sergipe) fazem parte de uma lista de 140 áreas do Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco que provavelmente começarão a desaparecer quando a temperatura média do planeta subir acima de 3 graus Celsius. A temperatura já subiu 0,8 graus em comparação com os níveis pré-industriais.
Quase um quinto das 720 áreas do Patrimônio da Humanidade correm risco real de se juntar à mítica Atlântis no fundo dos oceanos. A lista também inclui a Torre de Londres, as duas principais cidades históricas europeias cortadas por canais (Veneza, na Itália, e Bruges, na Bélgica), a Ópera de Sidney, a Estátua da Liberdade, em Nova York, o Memorial da Paz de Hiroshima, a ilha de Robben, na África do Sul, onde Nelson Mandela ficou preso por 18 anos, a fortaleza dos cruzados em Acre, em Israel, e as ruínas romanas de Arles, na França.
O alerta foi dado por Ben Marzeion, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e Anders Levermann, do Instituto de Pesquisas sobre o Impacto Climático de Potsdam, ligado à Universidade de Potsdam, na Alemanha. Eles publicaram um estudo na edição mais recente da revista científica online Environmental Research Letters com uma projeção da elevação dos níveis dos oceanos em várias partes do planeta e suas consequências para o patrimônio histórico ao longo dos próximos 2 mil anos.
“Em geral, quando as pessoas discutem as mudanças climáticas, falam nas consequências econômicas e ambientais, quanto elas vão custar”, declarou um dos autores, Ben Marzion, ao diário britânico The Guardian. “Nós queríamos avaliar quais seriam as suas implicações culturais.” Embora a submersão total não esteja prevista para as próximas décadas, os autores dizem que os primeiros impactos poderão ser sentidos ainda neste século, caso não haja investimento na construção de barreiras antiinundação. Os autores também esclareceram ao The Guardian que foram relativamente conservadores: levantaram as áreas históricas que começaram a submergir, mas não avaliaram as que serão destruídas por episódios isolados, como ondas gigantes, mais difíceis de prever.[:en]
Os centros históricos de Salvador, Olinda, São Luís e São Cristóvão (em Sergipe) fazem parte de uma lista de 140 áreas do Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco que provavelmente começarão a desaparecer quando a temperatura média do planeta subir acima de 3 graus Celsius. A temperatura já subiu 0,8 graus em comparação com os níveis pré-industriais.
Quase um quinto das 720 áreas do Patrimônio da Humanidade correm risco real de se juntar à mítica Atlântis no fundo dos oceanos. A lista também inclui a Torre de Londres, as duas principais cidades históricas europeias cortadas por canais (Veneza, na Itália, e Bruges, na Bélgica), a Ópera de Sidney, a Estátua da Liberdade, em Nova York, o Memorial da Paz de Hiroshima, a ilha de Robben, na África do Sul, onde Nelson Mandela ficou preso por 18 anos, a fortaleza dos cruzados em Acre, em Israel, e as ruínas romanas de Arles, na França.
O alerta foi dado por Ben Marzeion, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e Anders Levermann, do Instituto de Pesquisas sobre o Impacto Climático de Potsdam, ligado à Universidade de Potsdam, na Alemanha. Eles publicaram um estudo na edição mais recente da revista científica online Environmental Research Letters com uma projeção da elevação dos níveis dos oceanos em várias partes do planeta e suas consequências para o patrimônio histórico ao longo dos próximos 2 mil anos.
“Em geral, quando as pessoas discutem as mudanças climáticas, falam nas consequências econômicas e ambientais, quanto elas vão custar”, declarou um dos autores, Ben Marzion, ao diário britânico The Guardian. “Nós queríamos avaliar quais seriam as suas implicações culturais.” Embora a submersão total não esteja prevista para as próximas décadas, os autores dizem que os primeiros impactos poderão ser sentidos ainda neste século, caso não haja investimento na construção de barreiras antiinundação. Os autores também esclareceram ao The Guardian que foram relativamente conservadores: levantaram as áreas históricas que começaram a submergir, mas não avaliaram as que serão destruídas por episódios isolados, como ondas gigantes, mais difíceis de prever.