Atividades mapeadas
Nesta nova seção destinada a informar o público sobre as ações do GVces, listamos os principais temas que o centro de estudos desenvolverá e aprofundará em 2014, antecipando-se às demandas da sociedade
MERCADO DE CARBONO SIMULADO
Enquanto não se concretiza um mercado de carbono no Brasil, algumas empresas já fazem simulações para testar e aprender como seria a experiência na prática. A iniciativa pioneira e pedagógica foi possível graças a uma parceria entre a bolsa de valores ambientais, a BVRio, e a Plataforma Empresas pelo Clima (EPC), do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-Eaesp (GVces).
As empresas da plataforma negociarão a venda e compra de créditos de carbono segundo o sistema de cap-and-trade, de acordo com dados de emissões de gases-estufa que elas declaram emitir no âmbito do Programa Brasileiro GHG Protocol. Isso tornará a experiência ainda mais real e séria.
Um dos principais objetivos da simulação é preparar essas organizações e seus colaboradores para dialogar entre si e também com atores do setor público quando, em um futuro possível, o mercado de carbono real estiver instituído.
Das 20 empresas que fazem parte da EPC, 16 já aderiram à iniciativa. As atividades começaram em 14 de março, com um leilão de venda de licenças de emissão de gases-estufa, e já contam com uma programação até o fim do ano. Até lá, outras empresas poderão passar a compor o quadro.
TABULEIROS NA SALA DE AULA
Quando o jogo cooperativo “Celsius: O desafio dos 2 graus” foi criado pelo GVces em parceria com a Onça Games, o público-alvo era formado por colaboradores de empresas ligadas à EPC, para que se sensibilizassem sobre o papel dos setores público e privado e dos cidadãos no desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. No jogo, ganha quem criar mais valor para sua empresa fictícia, desde que a temperatura da Terra não suba demais devido à emissão de gases-estufa. Se isso acontecer, todos perdem.
Didático e divertido, o jogo ganhou espaço também nas salas de aula das escolas da FGV. Em 2013, duas turmas de 75 alunos da graduação participaram de rodadas coletivas – que também aconteceram entre grupos de pós-graduandos e intercambistas. No primeiro semestre de 2014, pelo menos 150 estudantes da graduação devem jogar o “Celsius”. Depois de agosto, mais rodadas serão organizadas. Para saber mais sobre o jogo, acesse a reportagem “A sustentabilidade em jogo”.
ORIENTAÇÕES ÀS POLÍTICAS AMBIENTAIS
O recém-lançado documento Subsídios para Elaboração de Políticas Estaduais e Municipais sobre Serviços Ambientais e REDD+ tem como objetivo ser um guia com diretrizes, exemplos, ferramentas e recomendações que possam auxiliar estados e municípios a criarem leis de combate e mitigação à mudança climática, principalmente os ligados à conservação de áreas florestais.
O foco é a região da Amazônia, onde, ao longo deste ano, Rondônia e Amapá estão elaborando suas leis estaduais.
O documento, que pode ser acessado aqui, foi desenvolvido pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e contou com a colaboração de Guarany Osório, coordenador do programa Política e Economia Ambiental do GVces, que participou do painel de revisores.
SINTONIZANDO
MOSTRA DE CINEMA AMBIENTAL
A 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega a São Paulo em 20 de março. Os filmes giram em torno dos temas “cidades”, “economia”, “energia”, “campo” e “povos e lugares”. São produções de mais de 30 países, a maioria de exibição exclusiva.
SESSÃO E DEBATE
Um dos filmes mais esperados, Trashed: para onde vai o nosso lixo?, terá exibição seguida de debate na sede da FGV. O longa, de 2012, tem participação do astro Jeremy Irons e aborda os riscos que a poluição do ar, mar e terra, causados pelo lixo, geram na cadeia alimentar e no meio ambiente.
NUCLEAR
O diretor de Metamorphosen, o alemão Sebastian Mez, estará no Brasil para participar de debates. O filme mostra como vivem hoje os moradores de Mayak, cidade russa que sofreu o terceiro pior acidente nuclear do mundo, em 1957.
AMAZÔNIA
Entre as produções brasileiras está o documentário Amazônia Desconhecida, de Daniel Augusto e Eduardo Rajabally (2013). Para mostrar a complexidade dos conflitos na região, o filme acompanha o cotidiano de índios, fazendeiros, garimpeiros e dos sem-terra.
Acesse mostraecofalante.wordpress.com e confira a programação completa.