Reportagem do jornal o Estado de S. Paulo mostra como um dos maiores consumidores de energia elétrica do país está lidando com a falta de água e consequente alta nos preços da energia elétrica: a Alcoa suspendeu parte da produção de alumínio e está vendendo a energia elétrica que não utiliza.
Ainda que não se possa afirmar com absoluta certeza que a atual falta de chuva seja um efeito direto das mudanças climáticas, esse é o tipo de desafio que as empresas enfrentarão de modo cada vez mais frequente no contexto das alterações globais do clima.
É neste sentido que o aumento da resiliência às mudanças climáticas é estratégico para as empresas. A resiliência pode ser fortalecida reduzindo a vulnerabilidade do ambiente onde as empresas atuam, por meio da definição de estratégias para lidar de modo preventivo com situações climáticas que podem interferir em algum ponto da sua cadeia produtiva. No setor energético, por exemplo, podemos pensar em estratégias de adaptação ao excesso ou escassez de chuvas na área onde está alocado um reservatório de uma usina hidrelétrica. Também pode-se pensar em medidas a serem adotadas para uma resposta mais rápida a condições extremas que o clima alterado pode impor. Um exemplo disto seria o fortalecimento de ações de resposta a situações de chuvas mais intensas e raios, que podem danificar torres e linhas de transmissão. Um setor energético bem adaptado às mudanças climáticas poderia reduzir situações de queda do abastecimento e de aumento dos preços da energia.
Tudo isso, sem descuidar das ações de mitigação, ou seja, a adoção de processos de produção e consumo que resultem em menos emissões de gases de efeito estufa.
Bastante complexo o futuro próximo que se desenha para as empresas do século XXI…
Guilherme Lefevre