O Forest Stewardship Council (FSC) demorou a consolidar seu nome como certificador do bom manejo florestal e expandir seu território. Agora, ao completar 20 anos, começa a apresentar números dignos de uma organização realmente global. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, como é conhecido no Brasil, já certificou 28 mil empresas e 183 milhões de hectares de florestas em termos globais. Entretanto, apenas 10% destas, 20 milhões de hectares, estão em zonas tropicais. “Precisamos melhorar esse aspecto”, declarou Kim Carstensen, diretor geral do FSC desde 2012, em entrevista ao website francófono Good Planet. “Temos que estar presentes nos países emergentes e tropicais da África, da América do Sul (sobretudo na Amazônia), na Malásia, na Indonésia e também na China”. O Brasil ocupa a sexta posição no ranking da organização, com 6.438 milhões de hectares distribuídos em 104 operações com manejo florestal certificado. Além disso, a organização emitidu 1.025 certificados de cadeia de custódia no país.
Nem tudo são flores nessas duas décadas de FSC. Carstensen enumera casos recentes de empresas que perderam o selo da organização. Num deles, a canadense Résolu teve dois certificados, atribuídos a uma área de 8 milhões de hectares, suspensos. O primeiro devido a reclamações da comunidade indígena dos Cris. Outra após uma auditoria da Rainforest Alliance. “A mensagem que queremos passar”, diz Carstensen na entrevista, “é ‘se o seu nível de desempenho não está à altura, vocês não poderão continuar conosco'”. Por essa razão, o FSC se recusa a certificar as florestas da Asian Pulp Paper (APP) e da Asia Pacific Resources International (APRIL), duas das maiores empresas em operação na Indonésia. Mas Carstensen celebra seus avanços, dizendo que elas estão adotando políticas de conservação, aperfeiçoado seus processos e mantido um diálogo produtivo com o FSC.
O diretor geral do FSC indica que, nos próximos anos, a organização deverá dar maior atenção aos pequenos projetos florestais (150 mil deles já trabalham com a organização) e ampliar a participação das comunidades vizinhas e povos indígenas no processo de certificação.
[:en]O Forest Stewardship Council (FSC) demorou a consolidar seu nome como certificador do bom manejo florestal e expandir seu território. Agora, ao completar 20 anos, começa a apresentar números dignos de uma organização realmente global. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, como é conhecido no Brasil, já certificou 28 mil empresas e 183 milhões de hectares de florestas em termos globais. Entretanto, apenas 10% destas, 20 milhões de hectares, estão em zonas tropicais. “Precisamos melhorar esse aspecto”, declarou Kim Carstensen, diretor geral do FSC desde 2012, em entrevista ao website francófono Good Planet. “Temos que estar presentes nos países emergentes e tropicais da África, da América do Sul (sobretudo na Amazônia), na Malásia, na Indonésia e também na China”. O Brasil ocupa a sexta posição no ranking da organização, com 6.438 milhões de hectares distribuídos em 104 operações com manejo florestal certificado. Além disso, a organização emitidu 1.025 certificados de cadeia de custódia no país.
Nem tudo são flores nessas duas décadas de FSC. Carstensen enumera casos recentes de empresas que perderam o selo da organização. Num deles, a canadense Résolu teve dois certificados, atribuídos a uma área de 8 milhões de hectares, suspensos. O primeiro devido a reclamações da comunidade indígena dos Cris. Outra após uma auditoria da Rainforest Alliance. “A mensagem que queremos passar”, diz Carstensen na entrevista, “é ‘se o seu nível de desempenho não está à altura, vocês não poderão continuar conosco'”. Por essa razão, o FSC se recusa a certificar as florestas da Asian Pulp Paper (APP) e da Asia Pacific Resources International (APRIL), duas das maiores empresas em operação na Indonésia. Mas Carstensen celebra seus avanços, dizendo que elas estão adotando políticas de conservação, aperfeiçoado seus processos e mantido um diálogo produtivo com o FSC.
O diretor geral do FSC indica que, nos próximos anos, a organização deverá dar maior atenção aos pequenos projetos florestais (150 mil deles já trabalham com a organização) e ampliar a participação das comunidades vizinhas e povos indígenas no processo de certificação.