O Pnuma acaba de divulgar um estudo eloquente sobre as vantagens da adoção de um modelo econômico mais sustentável no Quênia, país que atravessa um verdadeiro boom, com atração recorde de capital estrangeiro e previsão de crescimento de 5,5% para este ano. Embora dedicado às peculiaridades locais, o Green Economy Assessment Report: Kenya discute uma série de oportunidades válidas para qualquer país em desenvolvimento, inclusive o Brasil. O relatório, produzido em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o governo queniano, estima que a ampliação da segurança alimentar, o combate à contaminação ambiental e a racionalização do uso dos recursos naturais injetaria US$ 45 bilhões na economia local até 2030. Um investimento de 2% do PIB levaria a um ritmo de crescimento econômico 12% superior ao de um cenário de business as usual, nos moldes tradicionais. A renda per capita quase que dobraria, passando dos atuais US$ 498,70 para US$ 871,30. Além disso, o país reduziria suas emissões de gases-estufa em 9% nos próximos 16 anos.
Tais investimentos poderiam ampliar a produtividade da agricultura queniana em 15%, com a expansão da exploração agro-florestal e o manejo sustentável da água, o apoio à agricultura orgânica e a aquicultura. Vale lembrar que a agricultura é responsável por aproximadamente um quarto do PIB e 65% das exportações quenianas.
O documento também recomenda investimentos adicionais em biocombustíveis e na geração solar, eólica e geotérmica, com a duplicação da capacidade desta última até 2030, para que as renováveis aumentem em 20% sua participação na matriz elétrica nacional.
[:en]O Pnuma acaba de divulgar um estudo eloquente sobre as vantagens da adoção de um modelo econômico mais sustentável no Quênia, país que atravessa um verdadeiro boom, com atração recorde de capital estrangeiro e previsão de crescimento de 5,5% para este ano. Embora dedicado às peculiaridades locais, o Green Economy Assessment Report: Kenya discute uma série de oportunidades válidas para qualquer país em desenvolvimento, inclusive o Brasil. O relatório, produzido em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o governo queniano, estima que a ampliação da segurança alimentar, o combate à contaminação ambiental e a racionalização do uso dos recursos naturais injetaria US$ 45 bilhões na economia local até 2030. Um investimento de 2% do PIB levaria a um ritmo de crescimento econômico 12% superior ao de um cenário de business as usual, nos moldes tradicionais. A renda per capita quase que dobraria, passando dos atuais US$ 498,70 para US$ 871,30. Além disso, o país reduziria suas emissões de gases-estufa em 9% nos próximos 16 anos.
Tais investimentos poderiam ampliar a produtividade da agricultura queniana em 15%, com a expansão da exploração agro-florestal e o manejo sustentável da água, o apoio à agricultura orgânica e a aquicultura. Vale lembrar que a agricultura é responsável por aproximadamente um quarto do PIB e 65% das exportações quenianas.
O documento também recomenda investimentos adicionais em biocombustíveis e na geração solar, eólica e geotérmica, com a duplicação da capacidade desta última até 2030, para que as renováveis aumentem em 20% sua participação na matriz elétrica nacional.