ARTE E MOBILIZAÇÃO
“Sustentabilidade: o que eu tenho a ver com tudo isso” foi o tema que embalou a conversa entre participantes do Prototype – Festival de Sustentabilidade na Arte, que aconteceu em abril, em São Paulo. Maria Piza, gestora de relacionamento e mobilização do GVces, mediou e fez a facilitação gráfica com cartazes, como o da foto ao lado.
O festival pretende levar a temática da sustentabilidade para o cotidiano das pessoas, por meio de manifestações artísticas e bate-papos. Também passou por lá Aron Belinky, coordenador do Programa Finanças Sustentáveis do GVces, que debateu como trilhar o caminho para uma sociedade mais sustentável, sem ter de passar pela sensação de ser “ecochato, natureba, biodesagradável”. O tema baseou-se no seu artigo “O centro está no que a periferia deseja”, publicado na edição de abril.
INICIATIVAS EMPRESARIAIS
Foi lançado, no canal do YouTube do GVces, o vídeo sobre o 1º Fórum das Iniciativas Empresariais (iEs), realizado no fim de 2013 na Casa das Caldeiras, em São Paulo. O evento encerrou o ciclo de quatro projetos do centro de estudos que formam as iEs: Plataforma Empresas pelo Clima (EPC), Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor (ISCV), Desenvolvimento Local & Grandes Empreendimentos (IDLocal) e Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE). Segundo relato do vice-coordenador do GVces, Paulo Durval Branco, esse compartilhamento de experiências e desafios torna possível a construção de novos caminhos para o setor privado. Neste ano, além das agendas de EPC e TeSE, IDLocal e ISCV dão um passo à frente na integração temática das IEs: abordam a inovação na atuação e no relacionamento de grandes empresas que se dão nos territórios impactados pelas suas operações e de sua cadeia
de valor.
O VALOR DA PROTEÇÃO
A iniciativa IDLocal, do GVces, promoveu a primeira reunião de 2014 do Grupo de Trabalho sobre Proteção Integral de Crianças e Adolescentes. Representantes de empresas discutiram com especialistas ações de enfrentamento do abuso e da exploração infantil nas comunidades impactadas por grandes empreendimentos. “Não bastam ações de sensibilização, também são necessários mecanismos de prevenção, remediação e responsabilização para haver tolerância zero”, disse Rita Ippolito, da Childhood Brasil, ONG parceira do GVces na iniciativa.
O ciclo de trabalhos em 2013 produziu a publicação Geração de Valor Compartilhado a Partir da Proteção Integral de Crianças e Adolescentes, que reúne diretrizes para empresas prepararem os territórios que recebem seus negócios (conheça algumas em “Sintonizando”). O guia usa o Balanced Scorecard, consagrada ferramenta de gestão, para traduzir as estratégias de proteção integral de crianças e adolescentes à linguagem corporativa. – Carol Nunes
SINTONIZANDO
Como proteger crianças e adolescentes em áreas impactadas por grandes empreendimentos? Conheça algumas propostas da iniciativa IDLocal:
VALOR COMPARTILHADO
Incluir crianças e adolescentes na agenda estratégica da empresa não só representa o cumprimento de obrigações legais e a redução de riscos na operação, como traz oportunidades para desenvolver a relação com os territórios onde opera.
STAKEHOLDERS
É fundamental trabalhar com o poder público e a sociedade civil para garantir o fortalecimento da rede de proteção a crianças e adolescentes, inclusive para o momento em que a empresa deixar a região.
PROCESSOS INTERNOS
Traçar estratégias de proteção depende de a empresa reconhecer suas responsabilidades e se posicionar em relação ao tema. A partir daí, toda a equipe deve ser sensibilizada e alinhada à nova postura da organização.
APRENDIZADO
Incluir a temática na cultura organizacional da empresa é essencial para a longevidade das ações. Mapear boas práticas e construir redes de relacionamento são exemplos de como manter os planos em constante aprimoramento. (CN)