A mineração ilegal ameaça pelo menos 81 áreas naturais protegidas nos países amazônicos. A atividade mineradora feita sem autorização ou licenciamento ambiental tem forte presença no Peru, Bolívia e Colômbia, segundo o relatório La realidad de la minería ilegal en países amazônicos, de autoria da Sociedade Peruana de Direito Ambiental (SPDA), com o apoio das fundações Skoll e Avina.
O documento aponta as diversas ameaças ambientais e sociais que a mineração ilegal representa à região amazônica.
Entre as consequências para o meio ambiente, destaca-se a contaminação do solo e de cursos d’água por metais pesados– como o mercúrio, ainda muito usado na extração de ouro, que pode contaminar a população por meio da ingestão de peixes contaminados.
Na cidade peruana de Puerto Maldonado, por exemplo, 78% dos adultos apresentam níveis de mercúrio no corpo superiores aos limites internacionais de referência. (Veja mais dados no infográfico)
Exploração de mão de obra infantil, aumento do alcoolismo, drogadição e prostituição, além da escalada nos casos de Aids, são exemplos do aumento da vulnerabilidade social nas comunidades onde há mineração ilegal.
A SPDA defende que o maior desafio para a conservação da biodiversidade e prevenção da contaminação em áreas de interesse econômico na região amazônica é garantir a presença do Estado. O estudo destaca a importância de tirar os mineradores artesanais e de pequena escala da ilegalidade para diminuir os riscos sociais e ambientais da atividade. A ausência de normas específicas para a regulação dessas modalidades diminui ainda mais as chances de formalização da mineração.
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A mineração ilegal ameaça pelo menos 81 áreas naturais protegidas nos países amazônicos. A atividade mineradora feita sem autorização ou licenciamento ambiental tem forte presença no Peru, Bolívia e Colômbia, segundo o relatório La realidad de la minería ilegal en países amazônicos, de autoria da Sociedade Peruana de Direito Ambiental (SPDA), com o apoio das fundações Skoll e Avina.
O documento aponta as diversas ameaças ambientais e sociais que a mineração ilegal representa à região amazônica.
Entre as consequências para o meio ambiente, destaca-se a contaminação do solo e de cursos d’água por metais pesados– como o mercúrio, ainda muito usado na extração de ouro, que pode contaminar a população por meio da ingestão de peixes contaminados.
Na cidade peruana de Puerto Maldonado, por exemplo, 78% dos adultos apresentam níveis de mercúrio no corpo superiores aos limites internacionais de referência. (Veja mais dados no infográfico)
Exploração de mão de obra infantil, aumento do alcoolismo, drogadição e prostituição, além da escalada nos casos de Aids, são exemplos do aumento da vulnerabilidade social nas comunidades onde há mineração ilegal.
A SPDA defende que o maior desafio para a conservação da biodiversidade e prevenção da contaminação em áreas de interesse econômico na região amazônica é garantir a presença do Estado. O estudo destaca a importância de tirar os mineradores artesanais e de pequena escala da ilegalidade para diminuir os riscos sociais e ambientais da atividade. A ausência de normas específicas para a regulação dessas modalidades diminui ainda mais as chances de formalização da mineração.