Os líderes empresariais estão cada vez mais cientes do valor da inclusão das questões socioambientais e de governança no coração dos seus negócios, segundo uma nova pesquisa global da consultoria McKinsey. Em meados de fevereiro, a empresa entrevistou 3.344 executivos online sobre a forma como lidam com a sustentabilidade. Foram selecionados profissionais de diversos países, setores e funções de empresas de todos os portes. O estudo teve a participação de Anne-Titia Bové, que trabalha no escritório paulista da McKinsey.
A pesquisa indicou alguns avanços importantes, se comparada às edições dos quatro anos anteriores. Perguntados sobre as motivações de suas empresas, cerca de 43% indicaram que a sua principal prioridade é alinhar a sustentabilidade aos objetivos gerais de sua empresa, sua missão e seus valores – em contraste com 30% da pesquisa imediatamente anterior, de 2012. Nas pesquisas anteriores, o desejo de cortar custos e gerenciar a reputação da empresa eram os objetivos mais citados. No topo da hierarquia, os CEOs contribuiram para essa virada. Neste grupo, mais do que dobrou a porcentagem dos que consideram o alinhamento da sustentabilidade aos objetivos da empresa uma absoluta prioridade (passando de 5%, em 2012, para 13%).
Entretanto, a incorporação da sustentabilidade ao core business não é sem percalços. Muitos executivos de empresas que saíram na frente nesse processo admitem que faltam incentivos para que os profissionais adotem uma postura sustentável em suas atividades, que a busca de objetivos de curto prazo é contraditória com as metas socioambientais e que poucos funcionários são obrigados a prestar contas do desempenho socioambiental de seus setores. Muitos entrevistados também indicaram que suas companhias não estão investindo o suficiente na construção de sua reputação no que toca as questões socioambientais.
Finalmente, um dado interessante, embora não surpreendente: quando perguntados sobre as práticas mais adotadas pelas empresas, 64% dos executivos citaram a redução de consumo de energia elétrica, 63% evitam o desperdício de materiais e 59% gerenciam a reputação corporativa quanto à sustentabilidade.[:en]
Os líderes empresariais estão cada vez mais cientes do valor da inclusão das questões socioambientais e de governança no coração dos seus negócios, segundo uma nova pesquisa global da consultoria McKinsey. Em meados de fevereiro, a empresa entrevistou 3.344 executivos online sobre a forma como lidam com a sustentabilidade. Foram selecionados profissionais de diversos países, setores e funções de empresas de todos os portes. O estudo teve a participação de Anne-Titia Bové, que trabalha no escritório paulista da McKinsey.
A pesquisa indicou alguns avanços importantes, se comparada às edições dos quatro anos anteriores. Perguntados sobre as motivações de suas empresas, cerca de 43% indicaram que a sua principal prioridade é alinhar a sustentabilidade aos objetivos gerais de sua empresa, sua missão e seus valores – em contraste com 30% da pesquisa imediatamente anterior, de 2012. Nas pesquisas anteriores, o desejo de cortar custos e gerenciar a reputação da empresa eram os objetivos mais citados. No topo da hierarquia, os CEOs contribuiram para essa virada. Neste grupo, mais do que dobrou a porcentagem dos que consideram o alinhamento da sustentabilidade aos objetivos da empresa uma absoluta prioridade (passando de 5%, em 2012, para 13%).
Entretanto, a incorporação da sustentabilidade ao core business não é sem percalços. Muitos executivos de empresas que saíram na frente nesse processo admitem que faltam incentivos para que os profissionais adotem uma postura sustentável em suas atividades, que a busca de objetivos de curto prazo é contraditória com as metas socioambientais e que poucos funcionários são obrigados a prestar contas do desempenho socioambiental de seus setores. Muitos entrevistados também indicaram que suas companhias não estão investindo o suficiente na construção de sua reputação no que toca as questões socioambientais.
Finalmente, um dado interessante, embora não surpreendente: quando perguntados sobre as práticas mais adotadas pelas empresas, 64% dos executivos citaram a redução de consumo de energia elétrica, 63% evitam o desperdício de materiais e 59% gerenciam a reputação corporativa quanto à sustentabilidade.