A Nasa detectou uma grande quantidade de tetracloreto de carbono, gás capaz de degradar a camada estratosférica de ozônio, que protege a Terra dos raios solares. Originalmente, ele era utilizado em lavagens a seco e extintores de incêndios. Hoje, a sua presença na atmosfera é difícil de explicar, dado que a sua utilização está proibida há quase três décadas. Nenhum dos 191 países que assinaram o Protocolo de Montreal e que concordaram em bani-lo, reportaram acidentes ou infrações entre 2007 e 2012, segundo os registros mais recentes disponíveis. Se isto fosse verdade, a quantidade do gás na atmosfera deveria ter caído a um ritmo de 4% ao ano, mas dados coletados por observatórios terrestres indicam que a queda tem sido de apenas 1% ao ano.
Segundo estudo recém-divulgado pela a agência espacial americana, as emissões mundiais do poluente estariam na faixa de 39 mil toneladas anuais, ou 30% do volume máximo registrado antes do banimento. Qing Liang, principal autor do estudo, suspeita elas sejam resultados de “vazamentos industriais não identificadas, emissões importantes de áreas contaminadas ou de fontes desconhecidas de tetracloreto de carbono″. Ela também aponta que o tetracloreto de carbono leva muito mais tempo para se degradar – pelo menos 35 anos – do que se pensava.
A presença do gás não chega a mudar a rota de queda do volume de gases destruidores da camada de ozônio, em declínio desde a assinatura do Protocolo, em 1987 – mas ela sinaliza que ainda estamos muito longe de ter pleno controle sobre o que despejamos na atmosfera. A contaminação misteriosa também cria algum ceticismo sobre a eficácia do Protocolo de Montreal, frequentemente apontado como a negociação ambiental internacional de maior sucesso na História.[:en]
A Nasa detectou uma grande quantidade de tetracloreto de carbono, gás capaz de degradar a camada estratosférica de ozônio, que protege a Terra dos raios solares. Originalmente, ele era utilizado em lavagens a seco e extintores de incêndios. Hoje, a sua presença na atmosfera é difícil de explicar, dado que a sua utilização está proibida há quase três décadas. Nenhum dos 191 países que assinaram o Protocolo de Montreal e que concordaram em bani-lo, reportaram acidentes ou infrações entre 2007 e 2012, segundo os registros mais recentes disponíveis. Se isto fosse verdade, a quantidade do gás na atmosfera deveria ter caído a um ritmo de 4% ao ano, mas dados coletados por observatórios terrestres indicam que a queda tem sido de apenas 1% ao ano.
Segundo estudo recém-divulgado pela a agência espacial americana, as emissões mundiais do poluente estariam na faixa de 39 mil toneladas anuais, ou 30% do volume máximo registrado antes do banimento. Qing Liang, principal autor do estudo, suspeita elas sejam resultados de “vazamentos industriais não identificadas, emissões importantes de áreas contaminadas ou de fontes desconhecidas de tetracloreto de carbono″. Ela também aponta que o tetracloreto de carbono leva muito mais tempo para se degradar – pelo menos 35 anos – do que se pensava.
A presença do gás não chega a mudar a rota de queda do volume de gases destruidores da camada de ozônio, em declínio desde a assinatura do Protocolo, em 1987 – mas ela sinaliza que ainda estamos muito longe de ter pleno controle sobre o que despejamos na atmosfera. A contaminação misteriosa também cria algum ceticismo sobre a eficácia do Protocolo de Montreal, frequentemente apontado como a negociação ambiental internacional de maior sucesso na História.