A população da Amazônia está se desenvolvendo abaixo da média das demais regiões do Brasil, segundo o Índice de Progresso Social (IPS) na Amazônia Brasileira 2014, um estudo recém-lançado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a organização Progresso Social Imperativo (SPI, sigla em inglês) e a Fundação Avina, com a colaboração da rede #Progresso Social Brasil.
A média alcançada pela Amazônia foi 57,31 pontos, em uma escala de 0 (pior) a 100 (melhor). A média nacional é de 67,73 pontos. Para esse resultado foram analisados 43 indicadores, distribuídos em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, na qual são verificados nutrição e cuidados médicos, distribuição de água potável e saneamento, moradia e segurança; Bem-estar, com itens como acesso ao conhecimento básico e à comunicação; e Oportunidades, em que são conferidas a garantia dos direitos individuais, a inclusão social e a possibilidade de alcançar o ensino superior, por exemplo. Foram avaliados 772 municípios dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, nos últimos cinco anos.
O IPS foi criado em 2013 em escala global, e propõe excluir variáveis econômicas da avaliação, para medir exclusivamente a qualidade de vida, ao contrário do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, que engloba a dimensão econômica. Problemas como o desmatamento e a exploração inadequada dos recursos naturais, bem como os conflitos sociais enfrentados na luta pela terra e em sua defesa, no caso dos povos indígenas, são apontados como possíveis agravantes para o baixo desenvolvimento social da região. Além disto, a extensão continental e a infraestrutura precária das áreas da floresta impõem desafios maiores ao progresso. Mais detalhes aqui.